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Política Mensalão: ex-poderoso do PT, José Dirceu reconhece ter havido uso de empréstimos bancários para repassar a partidos que compunham a base aliada

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O ex-ministro José Dirceu afirmou ter sido “cassado politicamente” e “condenado sem provas”.(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ex-ministro José Dirceu (PT) reconheceu que o fato de muitos dos processos da Operação Lava-Jato terem sido anulados pela Justiça não significa que não tenha havido corrupção na Petrobras nas gestões petistas.

Em entrevista à GloboNews na terça-feira (17), Dirceu disse que o governo petista “pagou um preço” pelas investigações, assim como as pessoas que foram processadas individualmente.

“Com relação à corrupção na Petrobras, cada um respondeu por ela. E o governo pagou um preço por isso também. Não podemos, porque foram anulados os processos, dizer que não houve corrupção e desvios”, declarou.

Questionado sobre o mensalão, escândalo de corrupção que completou 20 anos neste ano e que teve Dirceu como uma das figuras centrais nas acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República, o ex-ministro disse ter sido “transformado em bandido em 24h” e que “não havia nada na minha vida anterior, a não ser na luta contra a ditadura, que pudesse me transformar nisso”.

Dirceu reconheceu ter havido uso de empréstimos bancários para repassar a partidos que compunham a base aliada. Disse ter sido “cassado politicamente” e “condenado sem provas”.

“Fui cassado por ser chefe do mensalão, e depois o STF me absolveu de formação de quadrilha e não fui acusado de peculato ou lavagem. Depois, a Câmara cassou o Roberto Jefferson porque ele não provou o mensalão. Depois de 7 anos, sou condenado sem provas, por causa da tese do domínio do fato. E depois o criador da tese vem ao Brasil e diz que não poderia ter se aplicado ao meu caso. Eu fui cassado politicamente e fui condenado sem provas. E vou fazer a revisão criminal sim, assim que passar a eleição de 2026, vou entrar com pedido de revisão criminal, porque acho que tenho direito e meus direitos também”, declarou.

Dirceu disse que pretende ser candidato em São Paulo nas eleições do ano que vem. Não especificou para qual cargo seria candidato. Afirmou que deve tomar uma decisão no final deste ano.

Sucessor

O ex-ministro da Casa Civil disse que o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e, sim, o próprio PT. Segundo o petista, Lula é “candidatíssimo” à reeleição no ano que vem.

Para 2030, Dirceu afirmou que o partido está se reorganizando e possui nomes competitivos. Além de Haddad, ele citou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Educação, Camilo Santana, e o líder do PT no Senado, Jaques Wagner (BA).

“O sucessor do Lula é o PT, por isso estamos reorganizando. Não (é o Haddad), é o PT. Sem um partido, não adianta ter candidato. O partido precisa se reconstruir. Temos o Haddad, Rui Costa, Camilo Santana, Jaques Wagner. Temos outros nomes no PT. Para 2030. Em 2026, o Lula é candidatíssimo”, disse o ex-ministro da Casa Civil.

José Dirceu afirmou também crer que a eleição presidencial de 2026 será decidida nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

“Da Bahia ao Amazonas, temos uma situação eleitoral tranquila, não é pouca coisa. A eleição vai ser decidida em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Lula venceu a eleição em São Paulo”, afirmou Dirceu à GloboNews.

Segundo a liderança petista, há a expectativa que uma ala importante do MDB e grupos regionais de partidos de centro como União Brasil e PP se unam em prol da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Hoje, concretamente, contamos com apoio dos partidos progressistas de esquerda. Pode ser que uma parte importante do MDB apoie o presidente Lula e, em alguns Estados, PP, União Brasil, haverá apoio regional. Quando Lula convida Gleisi e Boulos para o Palácio do Planalto, é porque está começando a organizar primeiro esse campo (da esquerda). Depois vamos ter que disputar se temos apoio de um partido como MDB ou não”, disse Dirceu.

O ex-ministro da Casa Civil, que deixou o primeiro mandato do presidente Lula após o escândalo do mensalão, admitiu que a terceira gestão do petista conta com “notórios” problemas de coordenação. Segundo Dirceu, o Executivo ainda não conseguiu superar a barreira da comunicação digital.

“Há problemas de coordenação no governo, que são públicos e notórios. Há problemas de comunicação, por isso que o Sidônio (Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação Social) entrou e está procurando mudar isso. Mas até hoje não conseguimos licitar a comunicação digital”, disse o ex-ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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