Quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2016
Três meses depois de reassumir o Ministério da Educação, Aloizio Mercadante não se conforma com sua queda da Casa Civil, cargo no qual era tratado como uma espécie de primeiro-ministro. Ele foi alijado da linha de frente do governo, apesar de continuar conversando ocasionalmente com a presidenta Dilma Rousseff.
No mês passado, Mercadante pediu uma conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal artífice de sua derrubada, e disparou, segundo relato de integrantes do PT: “Vocês vão se arrepender muito de terem me tirado da Casa Civil”.
“Eu jamais disse ao presidente Lula ou a quem quer que seja que o governo se arrependeria se eu saísse da Casa Civil. Concordei plenamente com a decisão e fiquei extremamente agradecido à presidenta Dilma por voltar ao MEC, ministério com o qual tenho profunda identidade, mesmo porque fui professor por minha vida toda. Saí das urgências para trabalhar com o que considero a pauta mais estratégica do País e a prioridade do governo”, disse, através da assessoria.
Para alguns petistas, o ministro Jaques Wagner, que substituiu Mercadante, é mais habilidoso na articulação política e “se impõe” na relação com Dilma. Outra diferença apontada é que Wagner concede mais entrevistas, reforçando a comunicação do governo.