Brasil Mercado financeiro aumenta para 9% estimativa de inflação para este ano

Projeção dos economistas se equipara à feita na semana passada pelo Banco Central (Foto: Marcos Cunha/Agência Freelancer)

A estimativa do mercado financeiro para a inflação neste ano alcançou 9%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (29). Na semana anterior, a previsão era de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechasse o ano em 8,97%. Essa foi a 11ª semana seguida de projeção de alta no indicador. Para 2016, a estimativa dos economistas permaneceu estável em 5,5%.

As perspectivas para o crescimento da economia também ficaram piores. De acordo com o Boletim Focus, o PIB  (Produto Interno Bruto) do País deve encolher 1,49% neste ano. A estimativa anterior era de queda de 1,45%. Para 2016, a projeção passou de crescimento de 0,7% para 0,5%

Inflação

Com a nova alta, a estimativa do mercado se equipara à do próprio Banco Central que, na semana passada, admitiu que o IPCA deve ficar em 9% em 2015, estourando a meta do governo, que é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Se confirmada a estimativa para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada no decreto de programação financeira em maio, está em 8,26%.

Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Taxa de juros
A estimativa para os juros no fim deste ano também ficou maior, passando de 14,25% para 15,5% ao ano. Isso quer dizer que os analistas estão prevendo uma alta maior da taxa Selic no decorrer de 2015. Para o fim de 2016, a estimativa ficou estável em 12% ao ano.

Câmbio
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em 3,20 reais. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a cotação do dólar recuou de  3,40 reais para  3,37 reais. (AG) 

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