Segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2015
As estimativas do mercado financeiro para a inflação e para o nível da atividade da economia brasileira neste ano voltaram a piorar, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (22) pelo BC (Banco Central). Conforme a autoridade monetária, a previsão dos economistas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, subiu de 8,79% para 8,97%. Foi a décima semana seguida de elevação desse indicador.
Para 2016, a projeção do mercado para a inflação permaneceu estável em 5,5%. Se confirmada a estimativa do mercado financeiro para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona o IPCA em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
PIB
Para o comportamento do PIB (Produto interno Bruto) neste ano, os economistas estimam uma retração de 1,45%, a quinta queda seguida do indicador. Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,35%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990, quando foi registrada uma queda de 4,35%. Para 2016, o mercado baixou sua previsão de alta do PIB de 0,9% para 0,7%.
Selic
O mercado aumentou a estimativa para a Selic (taxa básica de juros) no fim de 2015 de 14% para 14,25% ao ano. Para o fim de 2016, a projeção ficou estável em 12% ao ano. Atualmente, os juros estão em 13,75% ao ano.