Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2021
Já para a Selic, a previsão se manteve em 7%, segundo dados do relatório Focus
Foto: ReproduçãoOs analistas do mercado financeiro elevaram para 6,79% a estimativa média de inflação em 2021, ao mesmo tempo em que passaram a ver um crescimento de 5,30% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
Já para a Selic, a taxa básica de juros da economia, o mercado manteve a previsão de a taxa chegar a 7% ao fim deste ano. Atualmente, ela está em 4,25%. As projeções constam no relatório Focus”, divulgado nesta segunda-feira (02) pelo BC (Banco Central).
Inflação
Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, a expectativa do mercado para este ano subiu de 6,56% para 6,79%. Foi a 17ª alta seguida.
O centro da meta de inflação para este ano é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, que prevê intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.
Com isso, a projeção do mercado fica cada vez mais acima do teto do sistema de metas. Se confirmado o resultado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá de redigir uma carta aberta explicando os motivos para o descumprimento da meta.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.
Para 2022, o mercado financeiro passou para 3,81% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se oscilar de 2% a 5%.
Produto Interno Bruto
No caso do PIB de 2021, os economistas do mercado financeiro passaram a estimativa de crescimento da economia brasileira de 5,29% para 5,30%. Foi a 15ª alta seguida do indicador.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. No começo do ano, o mercado previa que o PIB iria crescer apenas 3,4%.
Porém, a economia tem mostrado reação nos últimos meses, influenciada, entre outros motivos, pela alta dos preços das commodities – produtos básicos, como alimentos, minério de ferro e petróleo, cotados no mercado internacional em dólar. Para 2022, o mercado manteve a previsão do PIB em 2,10%.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve em 7% ao ano a previsão para a taxa Selic ao fim de 2021, após um ciclo de três altas seguidas. A Selic é a taxa básica de juros da economia. Com isso, os analistas seguem projetando alta dos juros neste ano, já que a Selic está em 4,25%.
Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia passou de 2% para 2,75% ao ano. Em maio, foi para 3,5% ao ano e, em junho, avançou para 4,25% ao ano.
O objetivo das altas recentes, promovidas pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, é conter a pressão inflacionária. A próxima decisão do comitê sai na quarta-feira (04). Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro continuam prevendo a Selic em 7% ao ano.