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Economia Mercado mostra otimismo em relação à Bolsa brasileira em dezembro após valorização de 12,54% no mês passado

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O índice chegou aos 128,18 mil pontos, no que se tornou o maior patamar desde 2021.

Foto: Reprodução
Bolsa fechou em alta de 0,42%, aos 137.344 mil pontos. (Foto: Reprodução)

A menos de um mês para o início de um novo ano, o Ibovespa parece caminhar para um saldo bastante positivo. Na sexta (1º), o índice chegou aos 128,18 mil pontos, no que se tornou o maior patamar desde 2021, confirmando o otimismo dos analistas com a Bolsa para dezembro. Ainda assim, ressaltam que não se deve esperar uma valorização tão expressiva como a de novembro (12,54%), em seu melhor desempenho mensal em três anos.

Um ponto que pode sustentar o Ibovespa em alta até o fim do ano é a entrada de capital estrangeiro. O fluxo externo na B3, a bolsa de valores brasileira, entre os dias 1.º e 27 de novembro foi de R$ 17,5 bilhões, maior valor mensal deste ano.

“Esse fluxo pode continuar entrando no Brasil, por ser um país, dentre os emergentes, em que o investidor global está mais atento”, diz Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo.

Segundo Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, boa parte da valorização da Bolsa no mês passado se deu na esteira da correção dos Treasuries, os títulos de dívida pública do tesouro dos Estados Unidos. As taxas, que estavam em outubro em seu maior patamar desde 2007, voltaram a cair à medida que o mercado passou a ver que o ciclo de alta na taxa de juros por lá pode ter chegado ao fim.

“Nitidamente, foi o que puxou a Bolsa”, diz. “Nossa meta para o final de ano, de 125 mil pontos, já foi atingida. Acreditamos que o Ibovespa pode subir, sim, mas o grosso dessa alta ligada ao ajuste da curva de juros americana já é passado.”

Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, vai no mesmo sentido. Para que o movimento positivo de novembro seja sustentado em dezembro com a mesma intensidade, serão necessários fatos novos. O especialista chama a atenção para as reuniões de política monetária no Brasil e nos EUA, ambas marcadas para os dias 12 e 13 de dezembro.

No cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve optar por mais uma redução de 0,5 ponto porcentual na Selic, levando a taxa básica de juros brasileira para 11,75% ao ano. Enquanto que nos Estados Unidos, a expectativa é de que os juros sejam mantidos na atual faixa de 5,25% a 5,5% ao ano.

Do lado político, a discussão sobre o Orçamento de 2024 também vai movimentar dezembro. O parecer da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser apresentado na próxima semana para que o Congresso debata os vetos presidenciais antes do recesso de fim de ano, que inicia no dia 21. Temas importantes para o mercado, como a desoneração da folha de pagamentos e a meta de déficit zero, estão na pauta.

“A LDO de 2024 poderá referendar a trégua nas preocupações com a dinâmica fiscal ou justificar uma realização (de lucros) após o forte fluxo positivo de novembro”, aponta Nishimura. “A reforma tributária também tem potencial para influenciar os ânimos dos investidores.”

Depois da alta de novembro, investidores começaram a sonhar em ver o Ibovespa superar seu recorde histórico de 130 mil pontos. A tendência, segundo analistas, é que o índice caminhe nessa direção, mas em um movimento que não necessariamente seguirá uma linha reta.

É por isso que Marco Monteiro, analista CNPI da CM Capital, recomenda que investidores tenham cautela com a euforia na reta final do ano. “Podem, sim, acontecer realizações de lucro e seria natural uma correção do Ibovespa antes de retomar essa movimentação de alta”, frisou.

 

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