Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2025
O Mercado Público de Porto Alegre (Centro Histórico) tem horário especial de funcionamento neste mês, por causa das demandas relacionadas às festas de Natal e fim de ano. De segunda a sexta-feira, as bancas e lojas atendem ao público das 7h30min às 19h. Já aos sábados essa faixa se encerra às 18h e, aos domingos, vai das das 8h às 16h.
Nos dias 24 e 31 de dezembro (respectivamente véspera de Natal e Ano Novo), as atividades no centro popular de compras começarão às 7h30min e se encerrarão às 17h.
O espaço também conta com a decoração natalina criada pela Coca-Cola, vencedora de processo de chamamento público. Disponível nos dois pavimentos do prédio até o dia do Réveillon, o cenário inclui áreas temáticas para que os visitantes possam tirar fotos e compartilhar com amigos a experiência, inclusive nas redes sociais.
História de resistência
O Mercado Público de Porto Alegre comemou 156 anos no dia 3 de outubro. Projetado pelo engenheiro Frederico Heydtmann (o mesmo do Hospital Beneficência Portuguesa), o prédio em estilo neoclássico passou por uma série de transformações ao longo das décadas. Também resistiu a uma série de problemas, alguns dos quais bastante graves e que ameaçaram a sua continuidade.
Na lista estão quatro grandes incêndios (1912, 1976, 1979 e 2013) e duas megaenchentes (1941 e 2024). Isso, sem contar um plano da prefeitura, em 1971, prevendo a demolição do imóvel para dar lugar a um estacionamento – absurdo que não se concretizou graças à mobilização popular e de setores da imprensa.
Um dos ”cartões postais” da capital gaúcha, o local recebe diariamente cerca de 100 mil pessoas. Seus corredores e demais espaços abrigam mais de 100 estabelecimentos (e 1,2 mil trabalhadores) que oferecem os mais variados itens.
Na lista estão peixes, carnes nobres, frutas, verduras, ervas, especiarias, grãos, alimentos orgânicos, bebidas, além de artesanato, artigos religiosos e decorativos. Também é lugar de concorridos restaurantes, cafés, lancherias e outros estabelecimentos gastronômicos. Outra atividade são as feiras regulares (pescados, artesanato, discos de vinil, gibis etc).
No dia 24 de setembro de 2019, após a Assembleia Legislativa aprovar por unanimidade um projeto de lei de autoria do deputado estadual Luiz Marenco (PDT), o local foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul. O parlamentar frisou, naquela ocasião, que a iniciativa teve por finalidade “proteger o local contra planos de privatização”.
(Marcello Campos)
