Quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2016
A Apple e o FBI (polícia federal dos EUA) entraram em mais uma queda de braço sobre privacidade e segurança, desta vez envolvendo o atentado que culminou na morte de 14 pessoas em San Bernardino, Califórnia, no início de dezembro de 2015. Na terça-feira, um juiz federal em Los Angeles ordenou que a empresa oferecesse “assistência técnica razoável” ao inquérito conduzido pelo FBI sobre a chacina.
O FBI quer que a Apple crie um software para contornar o sistema de segurança do iPhone e evitar que o aparelho deflagre seu atual sistema de “apagamento automático”. O recurso destrói todos os dados inseridos no aparelho caso haja dez tentativas seguidas de acesso usando senhas incorretas. Mas a empresa reagiu e disse que apelará em uma instância mais alta – o que pode levar o caso à Suprema Corte. Autoridades dizem que isso dificulta o recolhimento de provas.
O iPhone em questão pertencia a Syed Farook, que, junto com sua esposa, cometeu homicídio em massa contra colegas no Departamento de Saúde Pública do condado de San Bernardino. Farook e a mulher foram mortos em um tiroteio com a polícia. Cook disse ter “grande respeito pelo FBI”, mas acrescentou: “O governo dos EUA pediu algo que não temos e consideramos perigoso demais criar, uma entrada secreta para o iPhone”.