Por Redação O Sul | 22 de maio de 2015
Em tempos de expansão dos recursos eletrônicos para conhecer pessoas com aplicativos de celular, sites de relacionamentos e redes sociais, ainda sobrevivem as agências tradicionais de casamento e quem busca esse serviço espera, sobretudo, segurança.
Com preços que variam de 1 mil reais a 2 mil reais, essas agências oferecem estudo psicológico do pretendente, workshop para levantar a autoestima e até apoio jurídico para evitar que o amor vire uma dor de cabeça nas mãos de estelionatários.
“Nosso público é formado por pessoas de 25 e 55 anos das classes A e B, que trabalham muito e querem contar com a ajuda de uma agência pela praticidade e segurança que oferecemos”, disse Claudya Toledo, dona de uma das maiores agências de casamento do País, com filiais em três cidades e 88 mil pessoas cadastradas.
Para ter seu nome no cadastro dessa agência, o pretendente tem de passar por uma verdadeira maratona. “Primeiro ocorre uma entrevista pessoalmente ou por Skype”, contou Claudya. “Depois, são feitas três sessões no consultório psicológico para se traçar um perfil do interessado”, explicou.
Em seguida, destaca a empresária, a pessoa tem de fornecer uma vasta documentação com atestado de antecedentes criminais, estado civil e comprovação de renda. “Se a cliente ainda não estiver preparada, aconselhamos que ela participe de algum workshop”, apontou. “Tem o Workshop das Deusas, para dar um ‘upgrade’ na pessoa. Tem o Cara Metade, para construção de relacionamentos de alma gêmea.” Cada evento desses, durante um fim de semana, em um hotel de luxo, custa 2,2 mil reais.
Sandra Gomes, 44 anos, e Eduardo Sztrak, da mesma idade, se conheceram em um evento desses e hoje estão casados. “Participei do Workshop das Deusas e lá corrigi minha postura”, afirmou Sandra. “Realmente me preparei para casar.” Sandra conta que a agência pensa em tudo: “Até exames para verificar doenças sexualmente transmissíveis nós fizemos antes de nos conhecermos”. (DSP)
