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Brasil Mesmo com oito meses seguidos de recuperação, a indústria brasileira recuou 4,5% em 2020

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Já na indústria do Rio Grande do Sul, o setor de veículos e o setor outros produtos químicos tiveram os maiores impactos negativos. (Foto: José Paulo Lacerda/CNI)

A produção industrial brasileira encerrou 2020 com um tombo de 4,5%, apontam os dados divulgados nessa terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o segundo ano de recuo da indústria nacional – em 2019 ela havia recuado 1,1% – e o pior resultado desde 2016.

A queda acumulada no ano ocorreu apesar de a produção industrial ter registrado, em dezembro, o oitavo mês seguido de alta.

“É claro que há uma melhora da produção industrial, mas ainda há muito espaço para ela crescer e não é em função das perdas provocadas pela pandemia, inclusive porque este é o segundo ano seguido de queda. É algo que vem de anos”, enfatizou o gerente da pesquisa, André Macedo.

De acordo com o IBGE, o recuo na produção foi disseminado em todo o setor industrial do País. Todas as quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram resultados negativos. Mas, foi a produção automotiva que mais impactou no resultado geral.

O resultado para cada uma das quatro categorias da indústria foi:

– Bens duráveis: -19,8%;

– Bens de capital: -9,8%;

– Bens de consumo: -8.9%;

– Bens intermediários: -1,1%.

A queda de bens duráveis foi puxada, segundo o IBGE, pela fabricação de automóveis, que recuou 34,6% no ano. Considerando o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, a queda foi de 28,1%. O gerente da pesquisa apontou que a categoria de bens de capital também tem influência da produção de veículos.

“Ambas têm a dinâmica de produção muito associada à indústria de automotores. No caso da primeira, com influência dos automóveis, como os carros, e no caso da segunda, os equipamentos de transporte, como caminhões”, explicou.

Macedo destacou que o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias acumulou alta de 1.308,1% na produção nos últimos oito meses, eliminando a perda de 92,3% registrada no período de março e abril de 2020. Ainda assim, não foi suficiente para garantir fechar o ano no campo positivo.

O IBGE destacou, ainda, que resultados negativos foram observados em 20 dos 26 ramos, 53 dos 79 grupos e 60,6% dos 805 produtos pesquisados.

Oito meses 

Na passagem de novembro para dezembro, a produção industrial avançou 0,9%, completando oito meses seguidos de alta. Neste período, o setor acumulou ganhos de 41,8%, eliminando completamente a perda acumulada de 27,1% nos meses de março e abril, auge da crise provocada pela pandemia do coronavírus.

Na comparação com dezembro de 2019, a produção industrial apresentou alta de 8,2%.

Com o resultado de dezembro, o patamar de produção ficou 3,4% acima do registrado em fevereiro, mês em que ainda não havia efeitos da pandemia. Todavia, com o fechamento do ano, o patamar de produção ainda ficou 13,2% abaixo do seu nível recorde, alcançado em maio de 2011.

O gerente da pesquisa, André Macedo, ponderou, no entanto, que o atual patamar de produção é o maior desde dezembro de 2017, “mostrando que há dinamismo no setor”. Ele lembrou, ainda, que em abril, o setor atingiu seu ponto mais baixo de toda a série histórica, operando quase 39% abaixo do pico de maio de 2011.

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