Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2023
Embora comande três ministérios no governo (Comunicações, Integração Nacional e Turismo), o União Brasil tem outros planos para 2026 e não pretende apoiar a provável candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a disputa presidencial, dois nomes circulam com força nos bastidores do partido: os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União-GO).
Em conversas reservadas, dirigentes do União afirmam que preferem um nome da oposição em 2026. Caso Lula saia candidato e seja reeleito, dizem, bastaria negociar o apoio ao novo governo por meio de entrega de votos no Congresso – exatamente como aconteceu no início deste ano.
Se o governador Tarcísio de Freitas disputar o Palácio do Planalto, líderes de peso do União Brasil vão defender uma aliança. O ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro, porém, costuma dizer a aliados que prefere tentar a reeleição.
Uma pesquisa interna que aponta boa avaliação de Caiado em Goiás deu ânimo à ideia de lançá-lo à Presidência. Os defensores dizem que impulsionaria a legenda e evitaria fissuras internas já no primeiro turno. Em 2022, o União Brasil teve candidatura própria a presidente, a senadora Soraya Thronicke, hoje no Podemos.
Ronaldo Caiado não pode disputar a reeleição em Goiás e desde 1989 – quando foi candidato à Presidência – manifesta o desejo de ocupar a cadeira no Palácio do Planalto. O governador de Goiás tem sido um opositor de primeira hora à política econômica do governo Lula.
Articulação
O presidente Lula admitiu não ter maioria no Congresso Nacional, mas vê saldo positivo nas aprovações de projetos importantes para o governo.
Lula citou o projeto do Marco Temporal como exemplo de dificuldade de relações com os congressistas. O petista chegou a vetar o projeto após a aprovação no Legislativo, mas viu sua decisão derrubada por deputados e senadores.
“Vocês viram o que aconteceu. Foi aprovada a questão do marco temporal. Vocês estão lembrados que já tinha uma decisão da Suprema Corte. Aí, a Câmara aprovou uma coisa totalmente contrária àquilo que o movimento queria, que os indígenas queriam”, declarou.
“Quando chegou na minha mão, vetei tudo. Mas voltou para o Congresso, e o Congresso derrubou meu veto. Agora, se a gente quiser, a gente vai ter que voltar a brigar na Justiça, porque a gente não tem maioria, apesar de muitas coisas o Congresso ter contribuído para a gente conquistar coisas e avançar”.
Entretanto, Lula apaziguou as declarações e disse que pautas caras para o Palácio do Planalto foram aprovadas pelo Congresso Nacional. Uma delas é a Reforma Tributária, promulgada na última quarta-feira (20), após 30 anos de discussões e desistências.