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Futebol Mesmo em penitenciária de baixa segurança, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol não tem regalias: José Maria Marin limpa o chão da cela na prisão

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José Maria Marin foi condenado a quatro anos de prisão. (Foto: Reprodução)

Acostumado com o conforto do seu apartamento de 600 metros quadrados nos Jardins, zona nobre de São Paulo, e com hotéis luxuosos, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin tem convivido com uma realidade bem diferente na penitenciária federal de Allenwood, nos Estados Unidos. No local, cabe ao preso manter sua cela com “um alto nível de saneamento”, “limpa e ordenada”. Isso significa varrer o chão todos os dias e esvaziar a lata de lixo.

Transferido em outubro da Metropolitan Detention Center, cadeia no Brooklyn, em Nova York, onde passou dez meses, para o presídio de segurança baixa localizado em uma cidadezinha no interior do Estado da Pensilvânia, o ex-cartola e governador de São Paulo passou a ter acesso a serviços como biblioteca e programas educativos, mas continua submetido a uma rígida rotina imposta pelos agentes do sistema prisional norte-americano.

Aos 86 anos, Marin ganhou o direito de deixar a Metropolitan Detention Center – chamada por advogados de “depósito humano” por causa das condições dadas aos presos – devido, principalmente, à idade avançada e por não oferecer risco de fuga. Isso, no entanto, não significa que em Allenwood, seu novo endereço, ele tenha privilégios.

Pessoas próximas a Marin e documentos detalham não só como o brasileiro tem passado os últimos quatro meses, mas a lista de deveres e obrigações que ele tem de cumprir dentro da cadeia. Em Allenwood, o dirigente acorda todos os dias às 5h da manhã, quando os agentes penitenciários passam nas celas para fazer a contagem dos presos. A partir das 6h, o café da manhã, igual para todos, começa a ser servido. Quem não acordar no horário ou não deixar a cela “de forma organizada” está sujeito a medidas disciplinares.

A cama tem de estar arrumada com lençol, cobertor e travesseiro até 7h30min, no máximo. Às 10h, o ex-presidente da CBF tem de ficar “quieto” e em pé dentro da tranca, para uma nova contagem dos presos.

Às 10h45min, ele vai para o almoço. Às 16h, mais uma vez Marin tem de estar em pé na cela para outra conferência. Na sequência, logo vem o jantar. Seu dia começa cedo e acaba cedo. Dentro do refeitório, as regras são rígidas. As mesas não podem ser reservadas, por exemplo, colocando casacos ou roupas nas cadeiras. A acomodação é por ordem de chegada. Na fila do bandejão, o preso não pode se servir em nenhuma hipótese e tem de esperar que os funcionários do presídio coloquem a comida no seu prato.

Depois de sair do refeitório, o detento não poderá entrar novamente no espaço “por qualquer motivo”. Também é proibido retirar frutas ou qualquer iguaria do restaurante. Marin é obrigado a usar o tempo todo um cartão fixado a um cordão em volta do pescoço com seus dados de identificação. Só pode tirar o crachá quando entrar na cela. O seu número de inscrição no sistema prisional norte-americano é 86356-053.

Condenado a quatro anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro cometidos no período em que presidiu a CBF, de 2012 a 2015, Marin teria recebido U$ 6,5 milhões (R$ 23,7 milhões pelo câmbio atual) de propina para assinar contratos de direitos comerciais da Libertadores, Copa do Brasil e Copa América. Ele nega.

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