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Brasil Investigação aponta que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral financiou a montagem de dossiês contra integrantes da Operação Lava-Jato

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Além de Bretas, seriam devassadas as vidas dos integrantes da força-tarefa da operação no Rio. (Foto: Reprodução)

Mesmo dentro do presídio, o ex-governador Sérgio Cabral estaria financiando a montagem de dossiês contra o juiz Marcelo Bretas, da Operação Lava-Jato no Rio. As informações são de uma investigação sigilosa da Polícia Federal, a que os repórteres Paulo Renato Soares, Arthur Guimarães e Leslie Leitão tiveram acesso, com exclusividade.

A informação de que o grupo do ex-governador passou a montar dossiês contra os investigadores partiu de dentro do presídio onde Sérgio Cabral está preso, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Segundo a denúncia, o ex-governador teria um fundo milionário para financiar uma devassa na vida dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato no estado.

A Polícia Federal já sabe que houve acessos suspeitos e todos teriam ocorrido depois que Cabral já tinha sido preso, em novembro do ano passado. As consultas foram feitas em três delegacias: 22ª DP (Penha), 35ª DP (Campo Grande) e 105ª DP (Petrópolis).

Os agentes também já sabem em nome de quais funcionários os acessos foram feitos. Um deles é lotado na 22ª DP.

No dia 26 de setembro – seis dias depois de o ex-governador receber a sentença na Operação Calicute – houve 8 acessos pra pesquisar registros de ocorrência sobre o juiz Marcelo Bretas e a mulher dele, que também é juíza.

Outro lado

Em nota, a defesa de Sérgio Cabral negou o dossiê. “É uma mentira, antes de uma maldade sádica, com claro propósito de criar intriga entre o ex-governador e o magistrado, certamente como forma de incitá-lo a determinar nova transferência para um presídio federal”, diz a nota.

A investigação da Polícia Federal está em andamento, mas é sigilosa porque envolve a segurança dos integrantes da Lava Jato no Rio, do Ministério Público Federal e da Justiça. A Polícia Federal quer saber de onde vem o dinheiro para financiar a montagem de dossiês, quem está envolvido e qual é o objetivo do ex-governador. A equipe da Lava-Jato no Rio está com a segurança reforçada desde que as investigações começaram.

O documento foi uma resposta a um questionamento da força tarefa da Lava Jato, que pediu uma auditoria sobre todas as consultas feitas aos nomes do juiz e de parentes dele. No dia 23 de outubro, Cabral citou informações sobre a família de Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, durante uma audiência.

Ao ser questionado sobre a compra de joias para lavar dinheiro, o ex-governador disse que o juiz devia entender do assunto porque a família do magistrado trabalha com bijuterias.  No fim de outubro, o Ministério Público pediu a transferência de Sérgio Cabral para um presídio federal de segurança máxima por causa do comportamento do ex-governador, e porque ele teria acesso a informações privilegiadas dentro da cadeia.

O Departamento Penitenciário Nacional definiu que o ex-governador iria para o presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mas uma liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal impediu a transferência.

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