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Brasil Metade dos brasileiros não usa cinto de segurança traseiro

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Estudos apontam que o uso do cinto no banco de trás reduz em 25% a chance de morte. (Foto: Reprodução)

Quase 18 anos depois do novo código de trânsito, utilizar o cinto de segurança no banco da frente é hábito para a maioria dos brasileiros. Mas no banco traseiro a história é outra.

Pesquisa do IBGE apontou que 79% dos brasileiros adultos dizem usar o cinto quando estão na frente de carros, vans ou táxis. No banco traseiro, o índice cai para 50%. O número não varia muito com o nível educacional dos entrevistados: vai de 51%  entre os que não têm nem o ensino fundamental a 56% entre os com nível superior.

Um mês atrás, o matemático laureado com o Nobel John Nash, 86 anos, morreu juntamente com a sua mulher quando andava em um táxi, nos Estados Unidos, sem utilizar o cinto. Para José Aurélio Ramalho, do Observatório Nacional de Segurança Viária, é preciso urgentemente outra forma de educar os condutores brasileiros.

“Aprendemos que temos que usar o cinto para não levar multa, e não porque é mais seguro. Mas é difícil fiscalizar o uso no banco traseiro, então não se entende o risco que se está correndo.”

Estudos apontaram que o cinto reduz em cerca de 25% a chance de morte para passageiros no banco de trás. O levantamento do IBGE, concluído neste ano, ouviu responsáveis de 80 mil domicílios de todo o País em 2013.

Pesquisa mais recente, feita pela Artesp (a agência de transportes de São Paulo) entre janeiro e fevereiro deste ano nas rodovias privatizadas, observou que só 52% dos passageiros estavam usando o cinto no banco de atrás. E isso após uma campanha de conscientização que teve anúncios em rádios, TV e jornais e distribuição de folhetos em pedágios.

Segundo a agência, dados de acidentes fatais em rodovias do Estado, de 2012 a 2014, registraram que 69% dos ocupantes que estavam no banco traseiro não usavam cinto.

Caso ocorrido em 2004

A morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo fez Iraci Siqueira, 57 anos, voltar no tempo. Em uma madrugada de janeiro de 2004, seu filho Bruno, então com 17 anos, ia para casa no Fusca de um amigo, depois de uma balada, quando sofreu um gravíssimo acidente.

Assim como se suspeita que tenha ocorrido com o músico, o adolescente estava no banco traseiro, sem o cinto, quando o Fusca bateu contra um ônibus.

“O motorista morreu na hora, e ele foi arremessado para fora. A pancada foi tão forte que arrancou uma parte da calota craniana e fez ele perder um quarto da massa encefálica”, contou Siqueira.

Após meses no hospital, Bruno teve alta. Mas ficou com sequelas como dificuldades no raciocínio, na fala e para andar. O pai lembrou que o filho tinha acabado o colegial, queria estudar e ser bombeiro, mas agora não consegue nem ler mais.

“Se aquele cantor estivesse com cinto, talvez ainda estivesse aqui. No caso do Bruno, com certeza ele não teria quebrado a cabeça. As pessoas têm que se conscientizar para não ter que passar pelo que passei. Agora meu sonho é que ele consiga andar sozinho”, afirmou Siqueira, enquanto esperava o filho sair da piscina da AACD, entidade onde faz reabilitação há um ano. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/metade-dos-brasileiros-nao-usa-cinto-de-seguranca-traseiro/ Metade dos brasileiros não usa cinto de segurança traseiro 2015-06-29
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