Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2017
O ítalo-marroquino Youssef Zaghba, 22 anos, identificado como o terceiro autor do atentado de sábado, 3, em Londres (Inglaterra), radicalizou-se na internet, garantiu sua mãe em entrevista publicada nesta terça-feira, 6.
“Sempre controlávamos suas amizades, e a gente fazia o que podia para que não confiasse em gente errada. Mas tinha internet, e dali chega tudo”, disse Valeria Collina à revista italiana L’Espresso.
“Nem na Itália, nem no Marrocos, onde estudava informática na Universidade de Fez, ele tinha se deixado influenciar por alguém”, contou a mãe, que se converteu ao Islã depois de ter vivido no Marrocos e, agora, mora na localidade de Fagnano, perto de Bolonha, ao norte.
Para ela, foi durante a permanência de seu filho em Londres, no ano passado, que o jovem se radicalizou. “Vivia em um bairro de Londres que não me agradava. Não me transmitia serenidade. Saía com pessoas erradas”, reclamou.
Valeria Collina disse que “entende e compartilha” a decisão dos imãs (clérigos) de todo o Reino Unido de rejeitar oficiar o enterro dos três autores do atentado que deixou sete mortos e dezenas de feridos, ao atropelar e esfaquear pessoas.
“É preciso dar um sinal político forte, incluindo para os parentes das vítimas e para os não muçulmanos”, afirmou Valeria.
“Apenas uma mãe pode sentir a dor de outra mãe. Sei que nada será suficiente. Mas estou disposta a lutar pela paz. Sei que pedir perdão não quer dizer nada, por isso, eu me comprometo a dedicar toda minha vida para que não volte a acontecer”, prometeu.
Questionada sobre como levará essa luta adiante, Valeria explicou que será “ensinando o verdadeiro Islã” e “combatendo com todas as forças a ideologia do Estado Islâmico”.