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Brasil Michel Temer analisa os seus extratos bancários e demonstra para aliados a preocupação com “valores pequenos” e com a exposição de contas familiares

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Planalto admite que não teria como explicar despesas que o presidente não lembra. (Foto: Agência Brasil)

Com o resultado de seus extratos bancários em mãos, o presidente Michel Temer tem feito nos últimos dias uma análise inicial de suas contas e demonstrado a assessores e aliados a preocupação com a divulgação dos resultados à imprensa, por dois motivos principais: os “valores pequenos” e antigos e a exposição de despesas familiares.

Auxiliares do emedebista, por sua vez, levantam informações para se anteciparem a eventuais questionamentos e explicar cada gasto do presidente (conforme prometido na semana passada). Eles também buscam canhotos de cheques datados de 2013, por exemplo, com valores entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.

A ideia é de que o governo, caso divulgue os extratos, terá como explicar os gastos de alto valor e despesas como as do escritório do presidente em São Paulo. Mas o Palácio do Planalto admite que não tem como explicar gastos dos quais o presidente não se recorda, por envolver despesas feitas há mais de cinco anos.

Além disso, o presidente teme que os seus familiares tenham a sua privacidade exposta, principalmente as suas filhas. Temer ficou, inclusive, de conversar com elas na capital paulista, onde residem.

Segundo auxiliares do presidente, ele só vai “bater o martelo” sobre o assunto após discuti-lo com o seu advogado Antonio Claudio Mariz, o que ainda não ocorreu, já que o defensor enfrenta problemas de saúde e não conseguiu se encontrar com o presidente na última sexta-feira e nem nesta terça-feira, dias em que Temer esteve em São Paulo.

Uma das saídas em discussão no Planalto para o recuo do presidente em relação à não divulgação dos extratos será a defesa argumentar que a divulgação depende da autorização do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luis Roberto Barroso, já que as informações são sigilosas.

Promessa

Na última semana, Temer informou, por meio de nota do Palácio do Planalto, que daria “total acesso” à imprensa aos documentos, pois não tinha preocupação com suas contas bancárias. Em seguida, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, convocou uma entrevista coletiva em que disse que “o presidente não tem nada a esconder, mas ficou contrariado e indignado”.

Responsável pela articulação política do governo, Marun acrescentou: “Não há como não se indignar diante do fato de que um inquérito completamente fraco, onde inexistem sequer indícios de qualquer ilícito resulte numa decisão dessas que, em se, digamos sendo tomada em relação ao presidente da República revela uma falta de cautela que nos estranha nesse momento.”

Por meio de declarações em “off” à imprensa, assessores do presidente rechaçam, porém, a ideia de que ele reavaliará a divulgação das contas por causa de alguma preocupação envolvendo ex-assessores e amigos, como José Yunes e o coronel João Batista Lima – que também teve o sigilo quebrado no inquérito que investiga o emedebista.

Temer é investigado em um inquérito aberto em setembro para apurar o suposto pagamento de propina na edição do chamado “Decreto dos Portos”. De acordo com as investigações, a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos (SP), teria sido beneficiada. Temer e a empresa negam a acusação.

Barroso é o relator do inquérito e autorizou as investigações com base nas delações do empresário Joesley Batista (dono do grupo J&F, controlador da JBS/Friboi) e de Ricardo Saud (ex-executivo do conglomerado).

Em 20 de fevereiro, a PF (Polícia Federal) solicitou a Barroso que autorizasse a prorrogação das investigações relacionadas a Temer por mais dois meses. O ministro do STF, então, consultou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que se manifestou favoravelmente ao pedido. Em 27 de fevereiro, o magistrado autorizou o aumento do prazo.

 

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