Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2018
O presidente Michel Temer viajará nesta segunda-feira, a Assunção, no Paraguai, para a reunião de cúpula do Mercosul (Mercado Comum do Sul). A previsão é que Temer volte no mesmo dia. O bloco é integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – a Venezuela está suspensa.
De acordo com o programa divulgado pela assessoria de imprensa do Ministério de Relações Exteriores, Temer deve sair de Brasília às 8h30 min e ainda pela manhã, participará de sessão plenária dos líderes dos países que compõem o bloco, atualmente presidido pelo Paraguai, no Centro de Convenções Conmebol.
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, também oferecerá um almoço para os chefes de Estado no local, às 14h30min. Há previsão de que Temer converse com a imprensa após o encontro. Depois disso, por volta das 17h, o emedebista retornará para Brasília.
O encontro do Mercosul começou neste domingo, com a reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC), com ministros de Estado. Para representar o Brasil, estiveram presentes o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes.
Mercosul e UE
As negociações entre Mercosul e União Europeia (UE) caminham para o fracasso e a saída é começar a discutir um acordo de livre comércio com a China. Foi o que disseram os chanceleres do Uruguai, Rodolfo Novoa, e da Argentina, Jorge Faurie, neste domingo, durante reunião preparatória para o encontro de presidentes do bloco.
“Estamos certos que a janela de oportunidade começa a entortar. A Argentina concorda com o que diz o Uruguai e está disposta a ver o que pode fazer (em relação à China)”, declarou o chanceler argentino, Jorge Faurie.
Até poucos dias atrás, a Argentina era grande defensora do acordo com a União Europeia. Buenos Aires defendia que as negociações, que ocorrem há 20 anos, fossem concluídas o quanto antes. Agora, já admite que as conversas não vão mais para frente.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloyzio Nunes, não comentou a proposta dos dois sócios do bloco, durante seu discurso na reunião de chanceleres. Sequer mencionou a China. Disse que, em relação à União Europeia, o melhor é não perder de vista outras frentes negociadoras, como a Aliança do Pacífico (México, Peru, Colômbia e Chile) e Singapura.
“Há outras frentes negociadoras que estão abertas, outras perspectivas”, apontou Aloyzio Nunes.
A mensagem que tem sido transmitida pelo Itamaraty é que as negociações entre Mercosul e União Europeia devem ser concluídas nos próximos meses. Porém, apesar dos avanços, há uma série de questões pendentes, por exemplo, na área automotiva, em propriedade intelectual, em indicações geográficas e serviços marítimos.