Quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de setembro de 2025
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro declarou que irá “se erguer como uma leoa” em defesa dos valores conservadores após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado. A sentença foi dada por sua suposta liderança em uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, Michelle também indicou que poderá disputar um cargo político nas eleições de 2026, caso considere necessário.
“Eu me erguerei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Ele me pedir”, afirmou Michelle, ao comentar o cenário político e o impacto da decisão judicial sobre a sua família.
Embora não tenha descartado a possibilidade de entrar na disputa eleitoral no próximo ano, Michelle disse que, neste momento, está focada na vida pessoal e nos cuidados com sua família. “Minha atenção total está voltada para cuidar das minhas filhas e do meu marido neste momento delicado, para que esta perseguição e humilhação que nos está sendo infligida como brasileiros conservadores não destrua minha família ou as famílias de tantos outros injustamente visados por esta perseguição covarde”, declarou.
Durante a entrevista, a ex-primeira-dama também comentou sobre a condenação do ex-presidente e afirmou que ele está sendo alvo de uma manobra da esquerda. Michelle classificou o julgamento de Bolsonaro e de outros sete aliados como uma “farsa judicial” e reafirmou que todos os envolvidos são “inocentes”.
“As acusações fabricadas apresentadas contra meu marido foram uma tentativa de ocultar graves violações que estavam ocorrendo no Brasil, embora acabaram por expô-las”, disse Michelle. Ela ainda direcionou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à atuação da Corte durante o processo.
“Atuar simultaneamente como juiz, vítima, promotor e investigador viola os princípios básicos do devido processo legal”, declarou a ex-primeira-dama, referindo-se à condução do julgamento por parte do ministro. Ela também disse que a atuação do STF compromete garantias constitucionais.
Michelle acrescentou: “A persistência do Supremo Tribunal Federal em manter essas irregularidades demonstra um sistema judicial que restringe indevidamente direitos e ameaça liberdades”.
A ex-primeira-dama é presidente nacional do PL Mulher e tem sido apontada por setores do partido como possível nome para encabeçar uma candidatura majoritária nas próximas eleições. (Com informações do Correio Braziliense)