Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2023
Milhares de franceses foram às ruas no quarto dia de protestos contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron. Os sindicatos do país ameaçam uma greve geral em março se atual proposta for mantida e que inclui um aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos.
“Se eles não são capazes de ouvir o que está acontecendo nas ruas e não são capazes de perceber o que está acontecendo com as pessoas, bem, eles não devem se surpreender que isso exploda em algum momento”, disse a enfermeira Delphine Maisonneuve, de 43 anos, no início de um protesto em Paris.
O presidente da França, Emmanuel Macron, diz que a reforma é “vital” para garantir a viabilidade do sistema previdenciário. Aumentar a idade de aposentadoria em dois anos e estender o período de pagamento renderia 17,7 bilhões de euros adicionais em contribuições anuais para pensões, permitindo que o sistema chegasse ao ponto de equilíbrio até 2027, segundo estimativas do Ministério do Trabalho.
Macron pediu “responsabilidade” aos sindicatos para não bloquearem o país e disse querer que o debate seja no Parlamento, porque “é assim que a democracia deve funcionar”.
Os sindicatos dizem que há outras maneiras de fazer isso, como tributar os super-ricos ou pedir aos empregadores ou pensionistas abastados que contribuam mais.
A tensão também é máxima na Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados) entre a oposição de esquerda Nupes e a aliança de Macron, que não tem maioria absoluta e espera contar com o apoio da oposição de direita Os Republicanos (LR) para sua reforma.