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Brasil Militantes petistas começam a admitir em voz alta o que muitos apenas murmuravam: é hora de encontrar um nome capaz de suceder a Lula nas eleições de 2026

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Estando ou não na disputa eleitoral no ano que vem, o presidente e o PT já começaram a traçar os caminhos da sucessão – ou preparar o terreno para a ferocíssima batalha pelo posto de herdeiro. (Foto: Reprodução de vídeo)

Morubixabas e militantes petistas começam a admitir em voz alta o que muitos apenas murmuravam: o ciclo político do presidente Lula da Silva está perto do fim e, diante da inexorabilidade do tempo e da idade, é hora de encontrar um nome capaz de sucedê-lo eleitoralmente.

Desafiadora para a constelação de lideranças que até aqui jamais pensou na hipótese de um projeto eleitoral sem o demiurgo petista, essa constatação independe do que Lula fará em 2026. Estando ou não na disputa eleitoral no ano que vem, o presidente e o PT já começaram a traçar os caminhos da sucessão – ou preparar o terreno para a ferocíssima batalha pelo posto de herdeiro.

Por ora, há uma pletora de nomes que nem de longe fazem sombra à importância que, bem ou mal, Lula representa para a história política brasileira. Mas ninguém imagina que o nome escolhido não será um fiel seguidor da cartilha lulista, tampouco que não seguirá as mais estritas exigências do chefe. Ou alguém acredita que Dilma Rousseff teria sido eleita e reeleita presidente da República não fosse seu padrinho? Eis aí o perigo.

A bolsa de apostas tem incluído, com alguma frequência, os ministros petistas Fernando Haddad, Rui Costa e Camilo Santana. A referência de uma eventual ida do deputado federal Guilherme Boulos para o governo ressuscitou antiga desconfiança entre petistas de que Lula pode estar emitindo o sinal de que o psolista deve ser incluído como um de seus possíveis legatários. Quem nutre ilusões de que o PT abdicará do protagonismo num projeto pós-Lula menciona ainda o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o prefeito de Recife, João Campos, ambos do PSB. O apetite de alguns é notório, ainda que, por enquanto, essa seja uma disputa silenciosa e disfarçada, até para não passar a impressão de insurgência.

Os embates e suas consequências ficariam restritos às inquietações internas do lulopetismo se não tivessem impacto relevante sobre a qualidade do debate público no País. Refletir sobre o nome que substituirá a liderança política de Lula é também refletir sobre como a esquerda pensará e agirá, sobretudo quando se sabe que seus erros e vícios – no exercício do poder ou na oposição – têm influência direta sobre a vida de milhões de brasileiros. Afinal, a liderança de Lula está datada por sua própria idade, mas não apenas: não é de hoje a falta de norte da esquerda tradicional lulopetista, tisnada pela desorientação ideológica, pelo envelhecimento de suas ideias e pela incapacidade de interpretar o Brasil e os brasileiros de hoje. A condição é agravada pela malaise provocada pelo atual mandato, uma soma perturbadora de mediocridade e falta de projeto para o País.

Para completar, o PT ainda padece de certos vícios de origem: arvora-se como o único e legítimo intérprete dos interesses do “povo”, enxerga-se como alvo permanente de um complô das “elites” e acha que os eleitores que divergem da realidade petista são meras vítimas engambeladas pelos algoritmos, pela mídia e por liberais “entreguistas” que não toleram a ideia de justiça social. Entre petistas, é tido como verdade incontestável que Dilma Rousseff foi cassada por um “golpe” e Lula foi preso, ora vejam, por contrariar forças malignas que dominam o País. No evangelho dessa seita, inclui-se ainda o identitarismo que separa os muitos oprimidos brasileiros em grupos maiores ou menores de vítimas, conforme a cor da pele, gênero ou orientação sexual – e excluem-se os anseios de prosperidade da classe média e das novas classes trabalhadoras, desejosas de um Estado que não lhes atrapalhe a vida.

Eis por que está em jogo muito mais do que um nome em disputa. É a quadratura do círculo de um lulopetismo sem Lula: caberá ao nome ungido pelo demiurgo repensar o projeto que sempre o constituiu e organizar uma esquerda progressista, não estatista, não radical e não dependente de Lula. Uma contradição em si mesma. As informações são do portal Estadão.

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