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Política Militares brasileiros se vacinam contra a covid bem menos que o restante da população

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No total, 32,2 mil integrantes do Exército — 15% da força — se recusaram a tomar sequer a primeira dose. (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

Os militares brasileiros dão provas de que ouvem o dono da principal cadeira executiva do País, o ex-militar e atual presidente Jair Bolsonaro. Em levantamento feito pelo site Metropoles, pela Lei de Acesso à Informação, foi constatado que alto índice de integrantes do Exército e Aeronáutica se recusaram a tomar vacina ou não concluíram o pacote integral de imunização.

No total, 32,2 mil integrantes do Exército — 15% da força — se recusaram a tomar sequer a primeira dose. E apenas 56% foram completamente imunizados com as duas doses.

Já na Aeronáutica, o índice de recusa à primeira dose foi menor — 6,6% — mas o total de completamente imunizados ficou em somente 55%.

Ambos os índices estão bem abaixo do restante da população brasileira, que soma mais de 140 milhões de pessoas completamente imunizadas com as duas doses. Ou 78,3% da população brasileira apta (acima de 12 anos).

Já a Marinha se recusou a divulgar informações ao site, com a alegação de não possuir os dados.

A vacinação contra a covid nas Forças Armadas Brasileiras não é obrigatória. No entanto, imunização contra hepatite B, tétano e febre amarela é obrigatória.

Carta

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, divulgou uma nota no último sábado (8) em que cobra que o presidente Jair Bolsonaro se retrate por ataques à agência.

Em uma entrevista à TV Nova Nordeste na quinta-feira (6), Bolsonaro minimizou o número de mortes de crianças pela covid-19 e colocou em dúvida a honestidade dos profissionais da Anvisa por terem aprovado a vacinação infantil.

“Você vai vacinar o teu filho contra algo que o jovem por si só, uma vez pegando o vírus, a possibilidade dele morrer é quase zero? O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?”, declarou Bolsonaro na entrevista.

A resposta de Barra torres veio em tom pessoal, e diretamente ao presidente Bolsonaro.

O diretor-presidente da Anvisa disse, em nota emitida pelo seu gabinete, que, caso o presidente tenha informações que “levantem o menor indício de corrupção” contra ele, que “não perca tempo nem prevarique” e que “determine imediata investigação policial”.

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar. “, disse Barra Torres.

Barra Torres também pediu que, caso não tenha indícios, Bolsonaro se retrate da acusação feita contra a agência.

“Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate. Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente”, disse Barra Torres.

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