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Brasil Minas Gerais decretou situação de emergência em 94 cidades por causa do surto de febre amarela

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O vírus da febre amarela que causa o atual surto no Brasil circula nas áreas rurais, silvestres e de mata e é transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes (Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz )

O governador Fernando Pimentel (PT) decretou neste sábado (20) situação de emergência em saúde pública por causa do surto de febre amarela em 94 dos 853 municípios mineiros. Eles ficam nas áreas de Belo Horizonte, Itabira, na Região Central de Minas Gerais, e Ponte Nova, na Região da Zona da Mata.

A medida foi publicada no Diário Oficial do estado neste sábado e vai vigorar por 180 dias. O número de mortes por febre amarela em Minas Gerais desde dezembro de 2017 pode chegar a 19. Foi registrado mais 4 mortes pela doença em três cidades após o último balanço da Secretaria de Estado de Saúde, que contava 15 óbitos na última quarta-feira (17). O decreto autoriza a dispensa de licitação para “aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial”.

A medida também cria a “Sala de Situação”, cujo objetivo é monitorar e coordenar as ações administrativas autorizadas neste decreto. Representantes das secretarias de estado de Saúde, Governo, Meio Ambiente e Agricultura, além do gabinete militar farão parte do grupo.

Vacinação

Neste sábado, todos os postos da capital mineira vão ficar abertos entre as 8h e as 17h. Atualmente a cobertura vacinal contra a febre amarela em Belo Horizonte é de 86%. Segundo a prefeitura, a meta é alcançar a cobertura de 95% da população. Em 2018, 39 mil pessoas já foram vacinadas na capital mineira.

Febre

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infestados. Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes.

Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

Europa

Às vésperas do carnaval, a Europa recomenda à sua população que seja vacinada contra a febre amarela caso queira participar da festa popular no Brasil ou que esteja a caminho de áreas de transmissão do vírus no País, inclusive ao Estado de São Paulo. Em um alerta publicado pela Agência Europeia de Controle de Doenças, o bloco deixou claro que teme que o carnaval, período do ano com forte fluxo de turistas europeus ao Brasil, acabe gerando uma importação de casos.

No comunicado, a Europa aponta que o surto no Brasil foi declarado como encerrado em setembro de 2017. Mas os números em alta das últimas semanas apontariam para a volta da circulação do vírus, em especial em São Paulo. A organização estima que cerca de 1 milhão de pessoas viajam ao Brasil neste período.

“A identificação de casos em animais nas proximidades de regiões metropolitanas em São Paulo e Rio é preocupante, especial diante do início da temporada do mosquito”, indicou. “Existe um aumento da possibilidade de transmissão urbana, o que aumenta de forma significativa o número potencial de pessoas expostas”, alertou.

No último fim de semana, um holandês que estava no interior de São Paulo retornou a seu país de origem contaminado pela doença, o que fez a Organização Mundial da Saúde reavaliar a situação do Brasil.

Agora, o alerta da Europa se refere ao carnaval, que ocorre entre 9 e 14 de fevereiro. “Durante o carnaval, o número de viajantes da Europa ao Brasil deve aumentar. Portanto, o número de casos relacionados com viagens entre turistas não vacinados pode aumentar também nos próximos meses”, alerta. Dentro da Europa, a agência estima que o risco de transmissão da febre amarela seria muito baixo.

Ainda assim, as autoridades do Velho Continente pedem que os turistas que estejam viajando ao Brasil sejam vacinados, de acordo com as recomendações da OMS. Nesta semana, a agência da Organização das Nações Unidas incluiu todo o Estado de São Paulo entre os locais de risco, além do Rio de Janeiro e Bahia.

Uma vez no Brasil, a Europa pede que os turistas “tomem medidas para prevenir a picada do mosquito, especialmente no início do dia e ao entardecer, quando os mosquitos são mais ativos”. Isso inclui o uso de repelentes, usar camisas e calças de manga larga e dormir em quartos com ar condicionado ou com redes para proteger as camas.

A Europa também deixa claro que turistas internacionais que estejam retornando de áreas afetadas podem ser obrigados a mostrar provas de sua vacinação ao entrar em regiões com o mosquito.

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