Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2015
O Ministério da Defesa exonerou do Comando Militar do Sul o general Antônio Hamilton Martins Mourão, que recentemente fez críticas ao governo federal. Ele foi transferido para a Secretaria de Finanças, um cargo burocrático em Brasília. Além das críticas ao Executivo, Mourão permitiu uma homenagem póstuma ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra na segunda-feira, um dos chefes da repressão na ditadura, em quartel sob sua jurisdição.
No dia 17 de setembro deste ano, Mourão disse, em uma palestra em Porto Alegre, que a maioria dos políticos de hoje parece privado de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto domina a técnica de apresentar grandes ilusões.
O general também disse que a mera substituição da presidenta da República não trará mudança significativa no status quo e que a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção.
A homenagem
Morto no dia 15 deste mês, Ustra foi chefe do DOI-Codi (Destacamento de Operações Internas – Centro de Operações de Defesa Interna), um dos principais centros de tortura e repressão aos adversários do regime militar (1964-1985).
Ustra era de Santa Maria, onde ocorreu a homenagem no quartel da 3 Divisão do Exército. O convite para o evento, datado do dia 23, foi assinado pelo comandante da unidade, general José Carlos Cardoso.
