Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2022
O Ministério da Saúde deve encaminhar até terça-feira (25) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nova proposta para solicitar autorização para uso de autotestes no Brasil. A ideia é que a pasta inclua um capítulo sobre autotestes no Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 e forneça mais detalhes, como a partir de que idade o exame está autorizado, entre outros pontos.
Nessa sexta-feira (21), membros do Ministério da Saúde se reuniram com a Anvisa para discutir quais as pendências para viabilizar a aprovação do uso de autotestes no país. Participaram da reunião a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite Melo; o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz; o diretor da Anvisa, Rômison Mota; e representantes da área técnica da agência.
Em nota técnica enviada à Anvisa na semana passada, o Ministério da Saúde justificou que os autotestes seriam uma estratégia complementar ao Plano Nacional de Expansão da Testagem, política em vigência atualmente.
No documento, a pasta afirmava que o uso de autoteste serviria como uma ferramenta importante de “triagem” e ampliação de possibilidades para diagnosticar pacientes em meio ao aumento de casos devido à Ômicron.
Na última quarta-feira (19), a diretoria colegiada da Anvisa decidiu adiar a decisão a respeito da liberação de autotestes por considerar que a pasta deveria detalhar melhor a política previsa para o uso do exame caseiro no Brasil.
Por decisão dos diretores, a agência estabeleceu um prazo de 15 dias para complementação das informações. Atualmente, uma resolução da agência impede que esse tipo de equipamento seja comercializado no país e exige que haja política pública clara para adoção do modelo.
Após a decisão da Anvisa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que enviaria complementação das informações à Anvisa.
“Nós já nos manifestamos favoráveis à venda de autotestes nas farmácias, em relação à politica pública. A política pública são os testes na atenção primária. Nós estamos distribuindo testes aos municípios. Há uma política de testagem no Brasil”, afirmou Queiroga na ocasião.
O autoteste para a covid já é realidade em muitos lugares do mundo, como Europa e Estados Unidos. É uma forma de os governos monitorarem o avanço da pandemia e elaborarem políticas públicas para combater a doença.
Feitos em casa, os autotestes são amplamente utilizados pela população.
Cada kit contém uma swab nasal estéril (o cotonete que deve ser introduzido no nariz), um tubo de extração (com o líquido usado para a testagem) e um bastão que analisa o material coletado e mostra o resultado.
O procedimento é simples, semelhante ao do teste antígeno:
1) sem tocar na parte superior, retirar a swab da embalagem;
2) com as mãos lavadas, introduzir a swab em uma narina, até sentir uma resistência girar lentamente por, pelo menos, 5 vezes;
3) repetir o procedimento na outra narina;
4) introduzir a swab no tubo com o líquido e girá-lo algumas vezes;
5) apertar o tubo ao retirar a swab;
6) despejar algumas gotas no bastão, no local indicado.
O resultado sai em cerca de 15 minutos: risco no T: inválido; risco no C: válido e negativo; riscos no C e T: válido e positivo.