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Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2019
O Ministério Público da Espanha pediu oito anos de prisão e uma multa de 4 milhões de euros (cerca de R$ 18,2 milhões) para o sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, que está detido no país europeu desde 25 de junho, quando foi flagrado no aeroporto de Sevilha tentando desembarcar com 37 quilos de cocaína.
O pedido da Procuradoria já foi entregue ao Juizado de Instrução de Sevilha. A expectativa é de que o julgamento do brasileiro aconteça nos próximos meses. Rodrigues fazia parte da comitiva de apoio do presidente Jair Bolsonaro na viagem para a reunião do G20 em Osaka, no Japão. O militar viajou no avião reserva da Presidência da República.
No documento enviado ao tribunal, a Procuradoria afirma que foram encontrados 37 quilos da droga (e não 39 quilos, como inicialmente divulgado pelas autoridades locais), com pureza de 80,14%, avaliados em 1,42 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,6 milhões).
Para o Ministério Público espanhol, o sargento brasileiro transportava a droga com a intenção de “ser vendida a terceiras pessoas”. Os receptores do produto, no entanto, não foram identificados pelas autoridades. A Promotoria justifica a pena de prisão e a multa milionária devido à grave ameaça à saúde pública e a “notória importância da substância confiscada”.
A droga foi encontrada na bagagem de Rodrigues em uma fiscalização de rotina da Guarda Civil no aeroporto de Sevilha. Segundo as autoridades, o fato de a cocaína estar sem qualquer tipo de disfarce sinaliza que o militar não esperava ser revistado na chegada à Espanha.