Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2015
Os assessores do gabinete do deputado estadual Mário Jardel serão ouvidos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP (Ministério Público) estadual nesta terça-feira (1º). O objetivo é ampliar as investigações da Operação Gol Contra.
Lançada nesta segunda-feira (30), a operação apreendeu documentos, celulares e notebooks em cumprimento de mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado na Assembleia Legislativa, bem como nas residências dele, da mãe e do irmão, além do endereço do chefe de gabinete Roger Antônio Foresta, e das assessoras fantasmas Ana Bela Menezes Nunes e Flávia Nascimento Feitosa. O deputado assinou um Termo Circunstanciado pela posse de drogas junto à Brigada Militar.
O deputado Jardel está suspenso, por decisão do TJ (Tribunal de Justiça) a pedido do MP, por 180 dias do exercício da função pública. Nos próximos dias, o material apreendido será analisado, os depoimentos serão cruzados com os documentos e será oferecida a denúncia ao TJ.
Até o momento, foram detectados os crimes de peculato – desvio de verbas -, concussão – exigência de parte dos salários de servidores -, lavagem de dinheiro – pagamento do aluguel do irmão e da mãe, cartão de crédito da esposa do parlamentar – e fraude documental – notas fiscais e documentos da Assembleia falsificados.
“O Parlamento gaúcho e o Presidente Edsom Brum, especialmente, agiram com a maior transparência possível, franqueou todas as possibilidades de acesso à Assembleia Legislativa, que foi absolutamente colaborativa em todos os momentos em que precisamos, seja no encaminhamento do cumprimento da suspensão, bem como nas buscas no Gabinete do Parlamentar”, ressaltou o Procurador-Geral de Justiça, Marcelo Dornelles.
Sobre as investigações, o Procurador-Geral lembrou que “nós fomos apreendendo uma gama de coisas que a cada dia nos surpreendiam”. Sobre a suspensão do exercício da função pública, Dornelles esclareceu que a medida se tornou necessária para cessar o desvio de dinheiro público e a extorsão dos funcionários, bem como para que os depoimentos sejam dados livremente.
Participaram da Operação Gol Contra, ainda, o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fabiano Dallazen; o Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Luciano Vaccaro; o Coordenador do Gaeco Reginaldo Freitas e o Coordenador do SISCrim, Diego Rosito de Vilas.
Veja a entrevista coletiva da Operação Gol Contra: