Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2021
O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu a um movimento de antecipação da eleição o travamento da agenda econômica. A avaliação dele é de que esse barulho repercute nos mercados e reverbera no Congresso, que precisa tocar outras agendas a despeito das reformas.
“Estávamos andando no caminho certo. Aí começou todo o barulho de dor da luta, a CPI, tentativa de impeachment do presidente, como é o barulho político. Está sendo antecipada a eleição. A eleição que é para o ano que vem foi antecipada para esse ano”, afirmou Guedes ao programa Economia em Foco, da Jovem Pan.
E acrescentou: “A democracia brasileira é barulhenta, as instituições são sólidas, são resilientes, mas os atores as vezes se excedem.”
Guedes ainda destacou o trabalho do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmando que ele impôs um ritmo forte de mudança e o governo conseguiu aprovar vários projetos. Só em agosto os deputados já aprovaram a privatização dos Correios e se preparam para votar a reforma do Imposto de Renda.
A avaliação de Guedes é de que a agenda travou no Senado: “Enquanto isso, o Senado acabou bloqueado exatamente pela CPI da Covid. Ele mais ou menos deu uma travada nas reformas e está lá resolvendo o seu problema político.”
Para ele, apesar desse travamento, a retomada da economia brasileira vai se reafirmar ao longo dos próximos meses.
Internet nas escolas
Em outra pauta, na quinta-feira (12), Paulo Guedes disse aos deputados federais da Comissão de Educação da Câmara que os governadores e prefeitos poderiam ter usado parte dos R$ 50 bilhões de recursos livres repassados em 2020 pelo governo federal para garantir internet para os alunos de baixa renda.
A Lei 14.172/21 aprovada no Congresso neste ano busca garantir esse acesso, determinando o repasse de R$ 3,5 bilhões. Mas o governo questiona a lei no Supremo Tribunal Federal (ADIN 6.926) e editou medida provisória (MP 1060/21) para suspender o prazo de execução da norma.
Guedes lembrou que o presidente Jair Bolsonaro vetou a regra porque a proposta aprovada pelos parlamentares não previa, na avaliação do governo, como seria feito o repasse do dinheiro dentro do Orçamento atual. As informações são do jornal O Globo e da Agência Câmara de Notícias.