Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2023
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira (3), no Recife (PE), que “avalia” a possibilidade de suspender o calendário de implementação do Novo Ensino Médio. “Amanhã vou estar em Brasília e vou reunir a equipe para avaliar melhor”, afirmou o ministro sobre o compromisso desta terça-feira (4).
Ainda de acordo com Santana, a decisão sobre o tema será tomada até o fim das discussões do grupo de trabalho sobre o assunto, instituído por portaria que tem validade de 90 dias.
“A portaria que assinei tem aí entre 15 e 20 dias. Algumas medidas podem ser tomadas ao longo desse processo e uma delas é a possibilidade de suspender o calendário. Nós vamos avaliar”, afirmou.
A declaração de Camilo Santana foi dada em entrevista ao portal de notícias G1, na tarde desta segunda (3), antes da solenidade de posse da nova mesa diretora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5).
O ministro informou também que o grupo de trabalho é formado por representantes de secretarias estaduais, que executam as políticas voltadas para o ensino médio.
“Como é que você vai fazer uma mudança sem ouvir os secretários estaduais, os alunos, os professores? Essa comissão segue rodadas de discussão com especialistas na área. Vamos fazer uma pesquisa. A partir de tudo isso, vamos avaliar as correções que devem ser feitas no Ensino Médio”, declarou.
O Ministério da Educação (MEC) deve elaborar uma portaria que suspende o cronograma de implantação do Novo Ensino Médio. O texto também deve suspender a necessidade de adaptar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ao novo modelo.
O que é o Novo Ensino Médio?
Sancionada em 2017, a lei que institui o Novo Ensino Médio entrou em vigor em 2022 e prevê implementação gradual até 2024.
A medida estipula um novo modelo obrigatório a ser seguido no ensino médio por todas as escolas do país, públicas e privadas.
Entre as mudanças trazidas pela política, está a possibilidade de cada estudante escolher as áreas em que deseja se aprofundar, mesclando conteúdos eletivos com uma parte fixa, correspondente a 1.800 horas de ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática. As informações são do portal de notícias G1.