Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de março de 2018
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (01) que a reforma tributária que está sendo conduzida pelo governo federal não vai reduzir a carga de impostos no Brasil. “A busca é pela simplificação tributária”, disse o ministro.
A reforma do Pis/Cofins está na lista de prioridades colocada pelo governo recentemente junto ao Congresso Nacional após ter desistido de votar a reforma da Previdência com a intervenção federal na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro.
Meirelles, ao ser questionado sobre sua eventual candidatura à Presidência da República, repetiu que decidirá apenas no início de abril e que, por enquanto, não está pensando nisso, mantendo-se totalmente focado na condução da economia.
No entanto, afirmou que tem conversado com diversos segmentos da população, em várias regiões do País. O ministro afirmou ainda que tem tido “excelentes conversas” com o PSD, sua atual legenda, e também com o MDB, para sua candidatura. “Estou sentido receptividade muito grande [dos partidos]”, revelou.
Na véspera, Meirelles esteve reunido com representantes da agência de classificação de risco Moody’s e afirmou que eles ainda não haviam decidido sobre novo rebaixamento do rating brasileiro, mas que isso ocorreria em breve. No início deste ano, a S&P Global e a Fitch reduziram a nota do Brasil por conta da não aprovação da reforma da Previdência, em meio à situação fiscal delicada do País.
Temer
O presidente Michel Temer afirmou no sábado (24) ao ministro Henrique Meirelles que ele precisa melhorar seu desempenho nas pesquisas caso queira ser o candidato do MDB ao Palácio do Planalto. Temer e Meirelles conversaram sobre o cenário eleitoral no fim de semana, e a ideia do ministro era comunicar ao presidente o seu desejo de ser o candidato do MDB nas eleições de outubro.
Auxiliares de Temer confirmaram que o ministro deu seu recado e que o presidente ouviu “com atenção” e respondeu “com educação” sobre a necessidade de o chefe de sua equipe econômica se mostrar mais viável nas pesquisas até abril – quando precisa deixar o cargo caso queira concorrer às eleições –, além de convencer o partido de que é o melhor nome para sua sucessão.
Meirelles tenta articular sua candidatura ao Planalto, mas ainda registra apenas 2% das intenções de voto, segundo o Datafolha. O ministro não tem o apoio de seu partido, o PSD, que deve se aliar ao PSDB em troca de arranjos estaduais, mas tem conversado sobre se filiar ao MDB, legenda de Temer.
O presidente ponderou ainda, segundo auxiliares, que seu partido é “complicado” e que é preciso convencer os caciques de que Meirelles é a melhor opção. O presidente do MDB, Romero Jucá (RR), tem conversado com o ministro sobre a possível filiação e dito que ele é um “bom nome” para o posto.