Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de abril de 2023
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), disse neste domingo (23) que as investigações sobre o ato terrorista de 8 de janeiro jogará luz “para gente que ainda está escondida nas sombras”. O integrante do governo Lula (PT) também chamou os bolsonaristas golpistas de “covardes” e que “alguns” vão ficar presos por muitos anos.
“Acredito que a continuidade das investigações e ações judiciais sobre o golpe de 8 de janeiro vai trazer holofotes para gente que ainda está escondida nas sombras. Além de golpistas, são covardes que não saem em defesa dos seus aliados presos. Alguns destes permanecerão muitos anos no cárcere”, escreveu Dino no seu perfil no Twitter.
“Os ‘valentes fakes’ planejaram, incitaram, conspiraram, financiaram, jogaram pedras e esconderam as mãos sujas. E ainda tem a petulância de apontar tais dedos sujos para as vítimas dos crimes. Tenham certeza: a LEI sempre vence e vencerá novamente”, completou.
Novo posicionamento
O posicionamento de Dino ocorre na semana que será lido no Senado o requerimento que pede a abertura da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do ato terrorista de 8 de janeiro.
Inicialmente, apenas opositores do governo Lula defendiam a abertura da comissão. Porém, na semana passada, vídeos mostraram o ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e militares da pasta no Palácio do Planalto no dia da invasão, e a base governista mudou de posicionamento. Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro.
A situação defenderá a abertura da CPMI e exigirá que a relatoria fique com um parlamentar que apoia o governo federal. Os aliados de Lula também deverão formar maioria no colegiado da comissão.
Depoimentos
Nove militares lotados no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República prestaram depoimento à Polícia Federal nesse domingo (23). Eles aparecem nas gravações das câmeras de segurança do Palácio do Planalto feitas durante os ataques do dia 8 de janeiro.
Os nomes dos servidores não foram divulgados, mas a identificação deles foi passada à PF pelo ministro interino do GSI, Ricardo Capelli, que substituiu Gonçalves Dias após seu pedido de demissão na semana passada. Dias também aparece nas imagens e a PF está apurando a conduta dele e dos outros militares durante o ataque.
Em uma publicação no twitter, nesse domingo, Ricardo Capelli defendeu o ex-ministro do GSI de uma suposta manipulação das cenas captadas. Em breve pronunciamento, ele afirmou que sabe o que viu e ouviu no comando das tropas no dia 8 de janeiro, como interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal.