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Política Ministro da pasta do Bolsa Família refuta perder cargo para o Centrão e admite “puxão de orelha” do presidente Lula

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Primogênita de Wellington Dias foi nomeada no gabinete de Chico Vigilante, cujo filho trabalha para suplente de Dias no Senado. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

À frente da pasta mais cobiçada pelo Centrão na reforma ministerial, a do Desenvolvimento Social, o petista Wellington Dias critica a possibilidade de um integrante do bloco de partidos assumir o seu lugar e afirma que não é “razoável” levar o Bolsa Família para outra estrutura.

Sob pressão, o ex-governador do Piauí pontua que cabe ao presidente Lula decidir sobre sua permanência, reconhece que já ouviu reclamações do chefe sobre sua atuação, mas se diz “entusiasmado” com a tarefa que exerce.

1) O senhor é aliado antigo do presidente Lula, que teve a maior votação proporcional em 2022 no Piauí, mas o seu cargo está sendo cobiçado. A presença no governo está em risco?

A votação de Lula no Piauí tem a ver com reconhecimento do próprio trabalho do presidente, integrado com governos estaduais. Não temos o direito de cobrar nada em troca: fizemos por gratidão e faremos de novo. Quando ele compõe um governo, quer a presença de líderes de vários partidos, porque isso significa dividir responsabilidade. Conheço bem o presidente. Ele não abre mão do projeto que desenhou para o País. Vai organizar a base e ter a participação de líderes dos partidos que aceitaram vir. Mas é ele quem vai decidir.

2) Na gestão de Jair Bolsonaro, o Desenvolvimento Social era comandado pelo Republicanos. O atual governo diz que houve desmonte de políticas públicas. Caso o ministério volte para o Centrão, seja com PP ou Republicanos, há ameaça para área social?

O presidente foi eleito com minoria, principalmente na Câmara. É importante ter uma base mais confortável. Sou defensor disso, mais do que ninguém, até pela experiência que vivi como governador. O presidente está correto em garantir uma base que dê estabilidade ao País e condições de avançar, quando precisar alterar legislação. É preciso dialogar com os partidos. Todos sabemos que tem uma parte dos parlamentares, pela conjuntura dos seus Estados, que não tem dificuldade de compor a base do governo, mas outros têm. Lula quem diz o que pode oferecer. O que posso dizer é que nem o presidente nem o Brasil certamente querem de volta o que deu errado.

3) Uma das ideias em discussão na reforma ministerial é retirar o Bolsa Família do Ministério do Desenvolvimento Social. Isso faz sentido?

Se for para voltar o que foi experimentado no governo de Jair Bolsonaro, e que não deu certo… O Auxílio Brasil ficou separado das outras políticas. Consequência: cresceram pobreza, extrema pobreza e fome e desarticulou a vida dos mais pobres. Não é razoável essa separação. Ter outro ministro no meu lugar, é Lula quem decide. Estou aqui pela vontade e confiança nele. Não posso negar que estou entusiasmado com o trabalho que estamos fazendo, mas é ele quem tem poder de decisão sobre sua equipe.

4) No Planalto, auxiliares do presidente afirmam que ele está insatisfeito com seu trabalho. Lula já reclamou com o senhor?

Já. O presidente conversou comigo e com outros ministros. Ele quer duas coisas: uma linguagem simples e foco nos compromissos dele com o povo. Essa conversa tem 30 dias. Estamos adequando o foco e a forma como a bandeira do presidente é levada para o Brasil e ao mundo.

5) O senhor tem sido alvo de fogo amigo dentro do PT também…

A crítica é natural. Da parte da equipe, tenho encontrado respeito, apoio e colaboração. De vez em quando ouço que tenho atrito com o governador do Piauí (Rafael Fonteles), com meus colegas ministros, com meu partido. Agora mesmo conversei com Gleisi (Hoffmann, presidente do PT) e acertamos de fazer uma apresentação sobre trabalho do ministério para a direção do PT, a pedido dela. Tem muita futrica e estou na máxima de Torquato Neto: só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder.

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