Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2018
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, em entrevista nesta sexta-feira (1º), que não passam de boatos a possibilidade de uma nova paralisação dos caminhoneiros anunciada para o dia 4 nas redes sociais. Segundo Jungamann, os boatos vão ser objeto de um inquérito pela PF (Polícia Federal).
“Não existe uma articulação para refazer o movimento. Está se tentando criar um clima de ansiedade, de preocupação com a divulgação de fatos infundados”, disse o ministro, que acrescentou que conversou com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, e que foi identificada a origem do boato. De acordo com Jungamann, “providências estão sendo tomadas”. Ainda de acordo com o ministro, há movimentos isolados que querem retomar a greve, mas ressaltou: “nada semelhante a greve que paralisou o País por 10 dias, criando uma crise de desabastecimento de combustíveis e alimentos”.
Intervenção militar
O professor Márcio Moretto Ribeiro, um dos coordenadores do Monitor do Debate Político no Meio Digital, disse que chamou atenção o conteúdo relacionado à intervenção militar. Para ele, grupos políticos identificaram que parte dos manifestantes assumia essa bandeira e, por meio dos boatos, tentou pautar o debate por esse viés. “A propagação disso está muito associado a alguma informação que a pessoa já acreditava e o texto acaba respaldando”, afirma.
A partir do levantamento das páginas mais acessadas pelo assunto, Moretto compreende que, além dos boatos, houve também grande repercussão do caso em páginas alternativas à direita e também à esquerda.
Ele diz que o assunto confundiu o jogo político, que estava muito polarizado entre o discurso “antipetista” e do “golpe”. “Essa greve deu uma bagunçada nessas narrativas. Eles (caminhoneiros) têm uma organização com cara de greve e discurso contra o Temer que se aproxima da esquerda, mas também essa narrativa da intervenção militar que chega à direita”, analisa.
Boatos
São informações falsas que costumam circular por redes sociais de compartilhamento de mensagens, como Whatsapp, e costumam ter cunho alarmistas. Uma das características é atribuir a informação a uma pessoa de suposta proximidade, por exemplo “um amigo me disse…”, “um conhecido me contou…”, “um parente viu…”.
Fake news
São notícias falsas postadas em sites criados com o objetivo de confundir os leitores sobre a credibilidade. Geralmente o site tenta se assemelhar a uma estrutura de portal online. O conteúdo falso postado nessas páginas são divulgados em redes sociais.
Atenção aos sites
Muitos sites de notícias falsas imitam veículos de comunicação autênticos. Observe se o endereço do site é correto e se o portal é mesmo confiável.Tenha certeza de que a fonte da reportagem tem credibilidade e estão referenciadas no texto. Duvide sobre da veracidade da fotografia. Observe se os elementos não foram manipulados. As imagens são usadas para aumentar a impressão de realidade.Fique atento às datas da publicação, se elas são realmente atuais e se estão claras na reportagem.