Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2015
Objeto de grande preocupação da presidenta Dilma Rousseff, a articulação política do governo será reorganizada na reforma administrativa que será anunciada na quarta-feira. Um auxiliar de Dilma, que vem participando das discussões sobre as mudanças que a petista fará nos ministérios, disse que o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, assumirá a Secretaria Geral da Presidência, atualmente comandada pelo gaúcho Miguel Rossetto, e receberá oficialmente a tarefa de comandar a articulação política. A SRI (Secretaria de Relações Institucionais) será incorporada à Secretaria Geral.
A decisão de juntar o trabalho até então feito na SRI com as atribuições da Secretaria Geral, que cuida da interlocução com movimentos sociais e da administração do Palácio do Planalto, é tornar o cargo mais atrativo para quem vai assumi-lo. O retorno de Berzoini, segundo o auxiliar de Dilma, se deve ao bom trabalho que ele desenvolveu na SRI no ano passado, quando a presidenta já enfrentava problemas com a base aliada na Câmara dos Deputados e no Senado.
Nesse novo modelo, Berzoini dividirá a articulação política com o assessor especial de Dilma, Giles Azevedo, já que o trabalho de articulação com o Congresso e o recebimento de parlamentares e suas demandas é muito desgastante. Ambos já vêm conduzindo essa missão informalmente desde que o vice-presidente Michel Temer resolveu abandonar o dia a dia da coordenação política do governo, missão que ele dividia com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.
Dilma ainda está batendo o martelo sobre as mudanças que vai fazer na Esplanada e que fazem parte da reforma administrativa. A ideia é reduzir de 39 para 29 o número de ministérios, fazer fusões de órgãos do governo e cortar ao menos mil cargos comissionados. A Secretaria de Assuntos Estratégicos deverá ser extinta e as Secretarias dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial e de Política para as Mulheres fundidas em um único ministério, o novo Ministério dos Direitos Humanos. Há estudos ainda para juntar os ministérios da Previdência e do Trabalho em uma só pasta e para que o Turismo seja extinto e suas atribuições incorporadas apenas pela Embratur. (AG)