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Política Ministro do Supremo Dias Toffoli, ex-advogado do PT, se aproximou de Bolsonaro e afirmou, em 2018, que a prisão de Lula respeitou a Constituição

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Toffoli foi alçado ao Supremo em 2009, após indicação de Lula, que estava em seu segundo mandato à época.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Toffoli foi alçado ao Supremo em 2009, após indicação de Lula, que estava em seu segundo mandato à época. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Com uma história vinculada ao Partido dos Trabalhadores (PT), José Antonio Dias Toffoli foi alçado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2009, após indicação de Luiz Inácio Lula da Silva, que estava em seu segundo mandato na Presidência da República.

A relação entre Lula o magistrado passou por desgastes. Toffoli se aproximou do ex-presidente Jair Bolsonaro e, agora, sugere uma tentativa de reconciliação com o petista. Ao anular o acordo de leniência da Odebrecht na Operação Lava Jato, Toffoli afirmou que a prisão de Lula foi “armação” e “o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições que já se prenunciavam”.

Esse movimento do ministro se iniciou quando Lula tomou posse para seu terceiro mandato no Planalto. Em janeiro, Toffoli pediu perdão ao petista por ter negado, em 2019, a ida de Lula, que a época estava preso em Curitiba, ao velório do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá. O presidente nunca escondeu a mágoa que sentia do antigo aliado em razão do episódio.

No mês de abril, Toffoli pediu para mudar da Primeira para a Segunda Turma do Supremo. Foi um gesto em favor da indicação do advogado Cristiano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowski na Corte. O nome de Zanin era cercado de polêmicas, por conta da sua atuação na defesa de Lula nos processos da Lava Jato. Com a migração de Toffoli para a Segunda Turma, o futuro ministro não teria os casos da operação sob sua jurisdição. Isto resolveria um dos maiores dilemas éticos sobre sua indicação.

Apesar do movimento de reaproximação, em 2018, quando era presidente do Supremo, Toffoli se referiu ao impeachment de Dilma Rousseff e à prisão de Lula como “impasses resolvidos pelas vias institucionais democráticas, com total respeito à Constituição e às leis”.

O ingresso do ministro no mundo da política se deu por meio do PT. Em 1994, foi assessor de Arlindo Chinaglia na Assembleia Legislativa de São Paulo. Durante cinco anos (de 1995 a 2000), Toffoli trabalhou como assessor jurídico da liderança do PT na Câmara dos Deputados. Nas eleições presidenciais de 1998, 2002 e 2006, advogou para a sigla.

No primeiro mandato de Lula, o advogado foi subchefe da Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos. O órgão faz parte da Casa Civil e, na época, estava sob os cuidados de José Dirceu. Quando foi indicado para o Supremo, Toffoli era Advogado-geral da União.

De 2018 a 2020, Toffoli foi presidente do Supremo. Nesse período, tomou algumas decisões que beneficiaram Bolsonaro e cumpriu agendas ao lado do então presidente, sempre com um discurso de “pacto” entre os Poderes.

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