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Brasil Ministro do Meio Ambiente minimiza expansão do desmatamento em janeiro e ressalta queda nos últimos seis meses

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Joaquim Leite afirmou que Brasil está no 'caminho certo' por estar combatendo o crime ambiental. (Foto: Divulgação/MMA)

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, minimizou o índice do desmatamento na Amazônia Legal em janeiro, o maior para o mês desde 2016. De acordo com Leite, houve queda no acumulado dos últimos seis meses, o que indica que o Brasil está no “caminho certo”.

Em janeiro, houve alertas de desmatamento em uma área de 430 km², de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número é o maior desde 2016, quando os dados começaram a ser coletados no formato atual, e representa um aumento de 418% em relação a janeiro do ano passado.

Em entrevista ao programa “Sem Censura”, da TV Brasil, exibido na segunda-feira, Leite foi questionado se, diante desses dados, mantinha uma declaração anterior de que o Brasil está na direção correta no combate ao desmatamento.

O ministro, contudo, preferiu ressaltar o indíce acumulado nos últimos seis meses, dizendo que há uma redução de 5%. “O acumulado dos últimos seis meses foi 5% a menos, se você pegar de agosto até janeiro. Você olhar o número de um mês só, você não consegue montar uma estratégia de atuação”, afirmou.

Para Leite, o país continua no “caminho certo”, por estar realizando o combate ao crime ambiental: “O importante é a gente estar no caminho certo. Considerar o crime ambiental uma obrigação do Estado atuar, e tem atuado.”

Ele ressaltou a parceria com o Ministério da Justiça e disse que as duas pastas vão lançar uma nova versão do programa Guardiões do Bioma focada na Amazônia.

“Nos próximos meses nós devemos lançar o programa Guardiões do Bioma, que teve bons resultados no ano passado em relação a incêndio. Nós devemos lançar um especificamente para desmatamento na Amazônia, colocando dez bases na Amazônia”, completou.

2021

O desmatamento na Amazônia em 2021 foi o pior em 10 anos, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Os dados apontam que mais de 10 mil quilômetros de mata nativa foram destruídos no ano passado — um crescimento de 29% em relação a 2020.

Entre janeiro a dezembro do ano passado, foram destruídos 10.362 km² de mata nativa, o que equivale a metade do Estado de Sergipe. Os dados alarmantes foram divulgados após análise realizada pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, instituto que monitora a região por meio de imagens de satélites.

Em 2020, quando a devastação foi 29% menor do que em 2021, foram destruídos 8.096 km² de floresta.

“Apesar de o mês de dezembro ter apresentado uma redução de 49% no desmatamento, passando de 276 km² em 2020 para 140 km² em 2021, o recorde negativo anual é extremamente grave diante das consequências dessa destruição. Entre elas estão a alteração do regime de chuvas, a perda da biodiversidade, a ameaça à sobrevivência de povos e comunidades tradicionais e a intensificação do aquecimento global’, disse o Imazon.

O Estado do Pará, no norte do País, é a região com mais desmatamento da floresta. Em 2021, dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, apenas o Amapá não apresentou aumento do desmatamento em relação a 2020.

Além de superarem a devastação registrada no ano anterior, os estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins também tiveram as maiores áreas de floresta destruídas em 10 anos.

“Líder histórico, o Pará manteve a primeira colocação no ranking dos que mais desmatam, com 4.037 km² devastados, 39% do registrado em toda a Amazônia. No estado, houve aumento da derrubada da floresta tanto em áreas federais quanto estaduais. Além disso, mais da metade das 10 terras indígenas e das 10 unidades de conservação que mais desmataram em 2021 ficam em solo paraense”, alertou o Imazon.

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