Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2020
 
				Condenado na Operação Lava-Jato, Lula passou 580 dias preso em Curitiba
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin defendeu, nesta segunda-feira (17), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ter sido autorizado a manter a sua candidatura nas eleições presidenciais de 2018.
Na época, Fachin, que também integra o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), votou a favor da autorização para que o petista, mesmo preso, concorresse à Presidência da República. Condenado em segunda instância na Operação Lava-Jato, Lula foi impedido de participar das eleições de 2018 por seis votos a um, com base na Lei da Ficha Limpa.
“No julgamento no TSE em que esteve em pauta a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fiquei vencido, mas mantenho a convicção de que não há democracia sem ruído, sem direitos políticos de quem quer que seja. Não nos deixemos levar pelos ódios”, declarou Fachin durante o Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, realizado de forma on-line.
“O tempo mostrou que teria feito bem à democracia brasileira se a tese que sustentei no TSE tivesse prosperado na Justiça Eleitoral. Fazer fortalecer no Estado Democrático o império da lei igual para todos é imprescindível, especialmente para não tolher direitos políticos”, disse o ministro.
Lula passou 580 dias preso em Curitiba (PR). Ele foi solto em novembro de 2019 após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a prisão em segunda instância.