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Brasil Ministro do Supremo diz que “nada justifica” prisão de Bruno e manda soltar ex-goleiro do Flamengo acusado da morte de ex-namorada

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Bruno durante depoimento no Tribunal de Justiça de Contagem, em Minas Gerais, em 2013. (Foto: Reprodução)

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu habeas corpus ao ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado por assassinar a amante Eliza Samudio, em 2010.

O ex-goleiro está preso na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Bruno e seu amigo e braço direito, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foram condenados, em 2013, a 22 anos e 15 anos de prisão, respectivamente, pela morte e ocultação do cadáver de Eliza.

Na decisão, o ministro Marco Aurélio disse que os fundamentos da prisão “não resistem a exame”. Ele afirmou que Bruno não poderia ficar preso por causa da pressão da sociedade e que ele possui bons antecedentes.

“O clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a preventiva. Por fim, colocou-se em segundo plano o fato de o paciente ser primário e possuir bons antecedentes”, escreveu Marco Aurélio.

A decisão, dada na última terça (21), será comunicada a Vara de Execuções Penais, responsável por executar a liberação do ex-goleiro do Bruno. O juiz da Vara precisa antes checar se há outro pedido de prisão contra o detento.

“A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória”, afirmou o ministro.

Em junho de 2016, o ex-goleiro Bruno se casou com a dentista Ingrid Calheiros em cerimônia realizada nas dependências da Apac. Eles se conheceram durante o processo sobre o caso.

CASO

O goleiro Bruno Fernandes conheceu Eliza Samudio durante um churrasco no Rio de Janeiro em maio de 2009. Meses depois, Eliza ficou grávida de Bruno Samudio. Segundo a Promotoria, ao tomar conhecimento da gestação, o goleiro “propôs um acordo financeiro” para que Eliza abortasse o feto.

Com a recusa, o goleiro Bruno passou a arcar com algumas despesas de Eliza e, em julho de 2009, ele a ameaçou de morte durante um encontro em um hotel no Rio de Janeiro. Um mês depois, eles se encontraram novamente no Rio e Bruno a agrediu fisicamente -puxando-a pelos cabelos.

Em outubro de 2009, Bruno se encontrou com Eliza e a agrediu com dois tapas no rosto dentro carro. Além de Bruno, Macarrão e um outro indivíduo não identificado entraram no veículo. Segundo a Promotoria, Bruno estava armado e a manteve prisioneira durante algumas horas. Ao deixá-la em casa, na Barra da Tijuca, Bruno a obrigou a ingerir comprimidos e um líquido desconhecido.

Eliza ficou cerca de 12 horas dopada e, quando acordou, registrou o caso na delegacia. Após o episódio, Eliza mudou-se para a casa de uma amiga em São Paulo. Em fevereiro de 2010, Eliza deu à luz Bruno Samudio e voltou a entrar em contato com o goleiro para que ele reconhecesse a paternidade de Bruno e pagasse uma pensão. Na época, Bruno era jogador do Flamengo, um dos principais clubes de futebol do País.

Em maio de 2010, Eliza foi convidada por Bruno para ir até o Rio para que eles conversassem sobre a realização do teste de DNA e sobre o pagamento de pensão alimentícia. Na ocasião, o goleiro também havia prometido dar um imóvel em Belo Horizonte (MG) a Eliza.

Eliza e o filho foram para o Rio e, em junho de 2010, foram sequestrados por Macarrão e pelo adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa (que estava escondido no bagageiro carro). Segundo investigações, o crime ocorreu a mando do goleiro Bruno, após acordo com Zezé e Bola. Macarrão e Rosa foram os responsáveis por buscar Eliza no hotel e levá-la ao encontro de Bruno, na Barra da Tijuca.

Durante o trajeto, Rosa deixou o porta-malas e apontou uma arma para Eliza: “Você perdeu, Eliza”. Ao chegar a casa de Bruno, sua amante Fernanda Gomes de Castro auxiliou Macarrão e Rosa a manter as vítimas no cativeiro. Dayane também ajudou a vigiar Eliza no cativeiro até a sua morte no dia 10 de junho de 2010. O corpo dela nunca foi encontrado. (Folhapress)

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