Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2016
A área econômica do governo defendeu o aumento de impostos na discussão sobre a nova meta fiscal para 2017, que prevê um déficit de 139 bilhões de dólares. Essa possibilidade, levantada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi descartada pelo presidente interino Michel Temer, convencido pelos ministros políticos de que não há clima para elevar a carga tributária.
As negociações em torno da meta fiscal levaram dias e foram marcadas por divergências entre as áreas técnica e política. O novo valor só foi decidido horas antes da divulgação. Se, por um lado, expandir receitas com tributos maiores foi rechaçado por Temer, por outro lado perderam os que defendiam que o rombo fosse semelhante ao déficit de 170,5 bilhões de reais previsto para este ano, nas contas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social).
Segundo uma fonte ligada ao Palácio do Planalto, o caminho para melhorar as contas públicas terá de ser cortar despesas, o que incluirá revisão dos benefícios sociais e previdenciários. Esse auxiliar revelou que Temer resiste ao máximo à alta de impostos, já que há consenso na equipe de que a carga tributária do Brasil está no limite. “Não admitimos pensar em impostos antes de esgotar todas as possibilidades”, disse. (AG)