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Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2015
As autoridades holandesas divulgaram um relatório nesta terça-feira (13) apontando que um míssil de fabricação russa foi responsável pela queda do voo MH17 no ano passado na Ucrânia, com 298 pessoas a bordo. A investigação foi concluída pelo Dutch Safety Board, órgão de investigação de acidentes aéreos da Holanda.
De acordo com o relatório, o Boeing-777 da Malaysia Airlines foi atingido por um míssil russo Buk disparado de uma área de 320 quilômetros quadrados da Região Leste ucraniana. O avião fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur e caiu em 17 de julho de 2014 na vila de Grabove, perto de Torez, área de conflito ocupada por separatistas pró-Rússia. Das vítimas, 193 eram holandesas.
De acordo com os investigadores holandeses, não houve falha humana da tripulação ou problemas técnicos na aeronave. O relatório destaca que o espaço aéreo daquela região deveria estar totalmente fechado diante do conflito em curso. O documento, no entanto, não aponta responsáveis pela ação que atingiu o avião. “A resposta para essa questão é da investigação criminal”, diz o Dutch Safety Board.
A queda do Boeing agravou o conflito e influenciou a decisão da União Europeia e dos EUA de impor sanções econômicas à Rússia. Uma reconstrução do avião derrubado foi apresentada, junto a um vídeo explicando as descobertas da investigação. A remontagem dos destroços mostraria, de acordo com a investigação, que a aeronave foi abatida por destroços oriundos de um míssil disparado contra ela. (Folhapress)