Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2018
O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defende Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado a faca contra Jair Bolsonaro, afirmou no último sábado (8), que foi contratado por uma pessoa do município de Montes Claros (MG) que pediu sigilo sobre sua identidade. O agressor vivia na cidade do Norte de Minas.
Segundo Zanone, até o momento foram pagos apenas os deslocamentos e custos da atuação da defesa em Juiz de Fora (MG), onde Bolsonaro foi esfaqueado por Oliveira.
Oliveira e familiares aparentemente não possuem recursos para arcar com o custo de advogados. Além de Zanone, a defesa de Oliveira é constituída por outros três advogados: Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Marcelo Manoel da Costa e Fernando Costa Oliveira Magalhães.
Eles representam escritórios em Belo Horizonte e região metropolitana, Barbacena (MG) e Lajeado (RS). “Um processo desse não é barato”, admitiu Zanone ao jornal O Estado de S. Paulo. “Tem uma história que vão fazer uma vaquinha. Espero mesmo que façam. Mas a gente não está sendo financiado por igreja alguma”, disse o advogado.
Em Montes Claros, segundo as primeiras informações, Oliveira teria frequentado a Igreja do Evangelho Quadrangular.
Zanone já atuou em outros casos de repercussão nacional, como no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Zanone defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pelo assassinato. Ele também fez a defesa de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, condenado como um dos mandantes da missionária americana Dorothy Stang.
Ele disse que acredita ter sido contatado para atuar na defesa de Oliveira por ser especialista em casos de homicídio e dar aulas em uma universidade Montes Claros e cursos.