Domingo, 23 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2015
A modelo fotográfica Bruna Cristine Menezes de Castro, 25 anos, presa suspeita de aplicar golpes pelas redes sociais, fingiu ser o próprio pai para dar notícias ao analista de sistemas carioca Ryan Balbino, 28, sobre uma falsa operação para tratar um câncer no útero. O jovem, que é ex-namorado da modelo, revela que também foi enganado e depositou mais de 15 mil reais para o tratamento da doença forjada. Conhecida como Barbie, Bruna foi detida em Goiânia (GO).
A conversa foi registrada em 15 de março de 2012. Cinco dias depois da falsa cirurgia, Bruna pediu mais dinheiro. “Vou precisar comprar o remédio de 550 [reais], se puder ajudar”, escreveu.
Todos os diálogos do casal constam no inquérito policial que apura os crimes praticados pela modelo. Inclusive, em alguns deles, ela pede 2 mil reais ao analista: “Queria falar com você um negócio. Você pode dar mil [reais] no dia que tinha falado e mil no dia 20?”.
Ryan se surpreendeu com as mentiras da ex-namorada. “Essa situação é que me causa mais estranheza. Isso é para você ter ideia de que ponto chega a pessoa para manter um mundo de fantasia e de mentira. Ela sempre acreditou nas mentiras dela”, disse Ryan.
Deboche da investigação.
Antes de ser presa, em conversas com alguns clientes, publicadas em uma conta no Instagram criada para denunciá-la, a jovem não parece se preocupar com a investigação. Ela desdenha e ri quando uma pessoa fala da possibilidade de ela ser presa. “Meu orixá é forte”, diz em um dos trechos divulgados pela Polícia Civil.
Em outro diálogo, uma suposta vítima diz: “Ainda vou te ver atrás das grades”. Em tom de ironia, a modelo responde: “Sério amor? kkkkkkk. Será?”. Na mesma conversa, a cliente afirma que a jovem “nem sonha como estão as investigações”. Porém, novamente, a suspeita rebate: “Aguardo ansiosamente por esse dia”.
Responsável pela investigação, o titular da Delegacia Estadual de Defesa do Consumidor (Decon), Eduardo Prado explica que, até o momento, 20 vítimas já foram até a delegacia para denunciar o golpe. Após a prisão, outros 30 entraram em contado com o distrito, sendo uma do Rio de Janeiro e duas de Brasília. Somente dessas vítimas, o delegado estima um prejuízo de 300 mil reais. (AG)