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Geral “Moderadíssimo e discretíssimo”: o perfil do papa Leão XIV, conforme um vaticanista

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Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e se torna o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. (Foto: Reprodução)

Robert Francis Prevost foi a aposta da vaticanista Mirticeli Medeiros para o novo papa. Ela havia citado o nome do americano em entrevista para a jornalista Natuza Nery no podcast O Assunto de quarta-feira (7), destacando que ele não estava nas principais listas e apostas da imprensa mundial. “Muita gente não tem falado sobre um em particular, que se chama Prevost, que é americano. Moderadíssimo, discretíssimo”, disse ela.

“Então, ele é a pessoa responsável para aconselhar o papa a respeito da nomeação dos bispos, ou seja, aquele que cria toda a estrutura para a igreja católica.”

Prevost foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

De acordo com Mirticeli, ele era bem visto pelo grupo dos conservadores. “Primeiro por ser uma pessoa fiel ao papa Francisco, plenamente, por ser um cardeal também religioso. Isso é muito importante na hora de escolher o sumo pontífice, principalmente após um papado reformador.”

Prevost é especializado em direito canônico, o que, segundo Mirticeli, “é muito importante diante das grandes reformas legislativas que o papa fez” já que, como explicado por ela, “é necessário que um dê continuidade a elas”.

Papa americano

Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e se torna o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. É também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.

Apesar da origem norte-americana, Prevost construiu grande parte de sua trajetória religiosa na América Latina, especialmente no Peru. Foi lá que se destacou até alcançar os cargos mais altos da Cúria Romana.

Ao ser eleito, ocupava duas funções importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos – órgão responsável pela nomeação de bispos – e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.

De perfil discreto e voz tranquila, Prevost costuma evitar os holofotes e entrevistas. No entanto, é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco. Tem formação sólida em teologia e é considerado um profundo conhecedor da lei canônica, que rege a Igreja Católica.

Entrou para a vida religiosa aos 22 anos. Formou-se em teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.

Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua atuação missionária no Peru – primeiro em Piura, depois em Trujillo, onde permaneceu por dez anos, inclusive durante o governo autoritário de Alberto Fujimori. Prevost chegou a cobrar desculpas públicas pelas injustiças cometidas no período.

Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, cargo em que foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos. Nesse período, enfrentou a principal crise de sua trajetória: em 2023, três mulheres acusaram Prevost de acobertar casos de abuso sexual cometidos por dois padres no Peru, quando elas ainda eram crianças.

Segundo as denúncias, uma das vítimas telefonou para Prevost em 2020. Dois anos depois, ele recebeu formalmente os relatos e encaminhou o caso ao Vaticano. Um dos padres foi afastado preventivamente e o outro já não exercia mais funções por questões de saúde. A diocese peruana nega qualquer acobertamento e afirma que Prevost seguiu os trâmites exigidos pela legislação da Igreja. O Vaticano ainda não concluiu a investigação.

Durante sua passagem pelo Peru, Prevost também ocupou cargos de destaque na Conferência Episcopal local e foi nomeado para a Congregação do Clero e, depois, para a Congregação para os Bispos. Em 2023, recebeu o título de cardeal – função que ocupou por menos de dois anos antes de se tornar papa, algo raro na Igreja moderna.

Durante a internação de Francisco, Prevost foi o responsável por liderar uma oração pública no Vaticano pela saúde do então pontífice.

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