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Mundo Moedas virtuais voltam a valer 2 trilhões de dólares com a guerra na Ucrânia

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Movimento segue uma liquidação que começou com ações de tecnologia se espalhando pelo dinheiro digital. (Foto: Reprodução)

Em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, o mercado global de criptomoedas atingiu o valor de US$ 2 trilhões na sexta-feira (4), segundo dados da CoinGecko. O patamar não era visto desde 16 de fevereiro. No dia 23, véspera do início do conflito, estava em US$ 1,774 trilhão.

As moedas digitais voltaram a se valorizar no fim do primeiro dia de ataques e têm se mantido em alta. Analistas destacam que, conforme as sanções contra a Rússia se aprofundam e a Ucrânia implementa um controle bancário, a demanda por
criptomoedas aumenta.

Lucas Passarini, analista de negócios do Mercado Bitcoin, diz que no dia 28 de fevereiro houve um aumento nos endereços com mais de mil bitcoins – o salto alimenta a suspeita de que “players” relevantes ampliaram sua exposição a criptomoedas. Porém,
é difícil ter certeza de que o motivo seja a guerra, já que não é possível identificar quem são os agentes por trás dessa movimentação.

Segundo João Marco Cunha, gestor de portfolio da Hashdex, não são necessariamente as compras de criptomoedas pela população dos dois países que impulsiona a cotação de ativos como o bitcoin. No entanto, ele avalia que a tese das moedas virtuais como reserva de valor se fortalece quando governos passam a intervir no sistema financeiro tradicional. “É a única forma de reserva que as pessoas têm e que é inexpropriável.”

Esta é a primeira guerra em que os criptoativos desempenham um papel. Na sexta, o governo ucraniano anunciou um “airdrop” para quem doou para seus endereços oficiais de criptografia. Isso significa que o país enviará uma quantidade gratuita de
tokens de criptoativos para quem está doando para ajudar os esforços de resistência.

Do outro lado, a União Europeia planeja incluir as moedas virtuais nas sanções contra a Rússia.

Para Isielson Miranda, CEO da Conztellation, pode haver dificuldade do acesso tanto de ucranianos quanto de russos a criptomoedas via corretoras neste momento. Enquanto a Rússia sofre sanções e exchanges internacionais são pressionadas a bloquear operações do país, os ucranianos estão com acesso limitado a dinheiro fiduciário a ser trocado por cripto. Tal situação, afirma, deve ampliar as transações “peer to peer” (P2P), mercado menos organizado que o das corretoras e sem a referência de preço em tela.

“Se retirar essa camada de visibilidade das corretoras, isso fará os governos perderem um grande aliado, pois o controle é muito menor no P2P”, diz.

De acordo com a consultoria Triple A, mais de 5,5 milhões de ucranianos têm criptomoedas, ou 12,7% da população do país. Na Rússia, há 17,38 milhões de detentores de moedas virtuais, ou 11,91% dos cidadãos. Apesar do rali, o mercado ainda está distante da máxima histórica, em 8 de novembro, quando alcançou US$ 3,069 trilhões.

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