Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2025
Atriz vive Tamires na novela das 6, a dona de um dancing, onde as bailarinas também têm encontros amorosos com os clientes
Foto: Raul Bittencourt/DivulgaçãoQuando “Êta Mundo Melhor” deu sequência à história de “Êta Mundo Bom” (2016), novos personagens entraram na novela para enriquecer o enredo e trazer novidades para a trama de Walcyr Carrasco. Monique Alfradique, 39, foi uma das escolhidas para integrar o elenco e hoje se destaca no papel de Tamires, uma empresária dos anos 1940, dona de um dancing, que não tinha medo do machismo e dos homens que dominavam a sociedade.
A atriz conta, em entrevista à CNN, que sentiu a força de Tamires desde a primeira leitura do roteiro e entendeu que ela era uma mulher cheia de nuances, sedutora com uma personalidade forte e intrigante. No andamento da novela, Monique se identificou com a autoconfiança dela e encontrou semelhanças consigo mesma, trazendo novas camadas para a interpretação.
“A sensualidade da Tamires vem muito desse lugar de autoconfiança, de estar confortável na própria pele e, isso sim, é algo com que me conecto. Interpretar a Tamires tem sido uma oportunidade de explorar esse lado de forma mais explícita, mais ousada, e isso tem sido muito interessante como atriz, entender onde a personagem começa, onde eu termino, e o que há de comum entre nós. Eu gosto de viver novos desafios ao interpretar um personagem”, salienta.
Para encarar o desafio, Monique passou por um processo de transformação radical: abandonou o cabelo loiro claro — que a identificava desde o começo da carreira na TV como Paquita dos programas de Xuxa Meneghel — até o começo do ano. Agora ela exibe na trama os fios ruivos que viraram uma marca registrada da personagem sedutora.
“Estou amando essa minha primeira vez como ruiva! Nunca tinha feito essa mudança específica. Ao longo da carreira, já fiquei morena e experimentei diferentes cortes e estilos por causa de personagens, mas essa tonalidade é totalmente inédita para mim. Estou cuidando dos meus cabelos como sempre cuidei, mas agora com uma atenção especial aos produtos voltados para manter a cor. Também faço os retoques no salão, quando necessário, para manter o tom sempre bonito e vibrante.”
Monique já trabalhou com vários ícones do humor brasileiro, como Paulo Gustavo e Leandro Hassum, com quem aprendeu que o riso também pode ser um trajeto para a paz interior. A atriz diz que a comédia sempre esteve presente na vida dela e foi nesse caminho que entendeu que esse olhar bem-humorado poderia ser também uma ferramenta de trabalho, e não apenas uma característica pessoal.
“Tenho bom humor na vida. Sempre busquei a comédia como uma forma de trazer leveza para os dias para mim e para quem está por perto. Trabalhei com pessoas que me inspiraram muito nesse caminho, como Paulo Gustavo e Leandro Hassum, que me mostraram que o riso também é uma forma de acolhimento, de crítica e de amor”, comenta.
Sobre os próximos rumos da carreira depois da novela das 6, ela afirma que tem muitos projetos que ainda quer realizar, inclusive um projeto autoral dentro do humor. Ela também sonha em atuar em uma cinebiografia no papel de uma estrela que tenha marcado a história e a cultura do Brasil.
“Carmen Miranda, por exemplo, é um sonho de uma mulher intensa, revolucionária, que levou nossa arte para o mundo, cheia de carisma, luz e também de contradições dramáticas. Ao mesmo tempo, Tônia Carrero também me encanta: uma dama do teatro, sofisticada, elegante, que foi pioneira em tantos sentidos. Duas mulheres muito diferentes, mas igualmente fascinantes, que eu adoraria homenagear em cena”, pontua.
