Segunda-feira, 08 de dezembro de 2025

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Brasil Montadoras disputam influência junto a Lula: chinesa BYD, de um lado, e marcas tradicionais de carros, de outro, travam queda de braço nos bastidores de Brasília

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Companhia chinesa sustenta que segue o mesmo roteiro de outras montadoras que chegaram ao Brasil em décadas passadas.

Foto: Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/PR
Companhia chinesa sustenta que segue o mesmo roteiro de outras montadoras que chegaram ao Brasil em décadas passadas. (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/PR)

Um dos ensinamentos de Sun Tzu, general chinês que viveu há 2.500 anos e virou citação recorrente no mundo corporativo, é que o adversário que fica muito tempo em posição de combate, sem avançar nem recuar, merece atenção redobrada.

Na contenda tributária que opõe a recém-chegada BYD às montadoras instaladas há mais tempo no Brasil, a disputa por espaço envolve influência em Brasília num momento decisivo para o setor automobilístico: a definição, em janeiro, sobre a prorrogação ou não da cota que hoje permite a importação, com isenção de impostos, de kits para montagem de veículos híbridos e elétricos.

De um lado, a BYD, gigante chinesa que lidera as vendas de veículos eletrificados no Brasil (e no mundo) e principal beneficiária da atual cota de importação, tem tido seus pleitos apoiados sobretudo pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil, que vê na fábrica de Camaçari, na Bahia, um ativo político e econômico em seu Estado.

Do outro, montadoras tradicionais, como Volkswagen, GM, Toyota, Stellantis e Renault, tentam barrar a prorrogação do benefício tributário para a importação de peças e veículos elétricos. Reunidas na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), elas têm a simpatia das áreas técnicas das pastas do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e da Fazenda, liderados pelo vice Geraldo Alckmin e o ministro Fernando Haddad, respectivamente.

Nesse núcleo, predomina a visão de que a renovação da cota pode desestimular investimentos no desenvolvimento industrial e tecnológico do país, alvo do plano Nova Indústria Brasil (NIB), liderado pelo Mdic, ainda que transição energética seja tema caro à equipe econômica.

Em janeiro, expira o limite de cerca de US$ 463 milhões (valor FOB, medida usada no comércio exterior que exclui frete e seguros, equivalente a R$ 2,46 bilhões) em importações de veículos elétricos e híbridos em regime de SKD (sigla em inglês que indica que o carro chega semidesmontado, com carroceria já pintada e grande parte dos sistemas instalados) e CKD (quando as peças chegam separadas e é preciso soldar, pintar e montar localmente).

A BYD, que inaugurou recentemente sua fábrica na Bahia, beneficia-se do SKD. As montadoras que produzem no país torcem o nariz.

Para o benefício ser renovado, é preciso de aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão formado por representantes de dez ministérios. Na prática, porém, prevalece a decisão do presidente Lula, que vai orientar como as pastas vão votar no colegiado.

Em reunião recente com representantes da BYD, Lula ouviu o pedido de extensão das cotas de isenção tributária, mas evitou dar uma resposta direta. O presidente, segundo interlocutores, respondeu que os chineses terão as mesmas condições dadas às empresas instaladas no Brasil.

 

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