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Mundo Moradores de Buenos Aires realizaram um panelaço para pedir que todos fiquem em casa por causa da pandemia de coronavírus

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Enquanto batiam panelas e aplaudiam, os portenhos gritavam "quedate em casa" (fique em casa). (Foto: Reprodução)

Habitantes de Buenos Aires foram para as janelas às 21h de sábado (21) para realizar um “gritaço” pedindo para as pessoas ficarem em casa em respeito a quarentena decretada por causa da pandemia de coronavírus. Enquanto batiam panelas e aplaudiam, os portenhos gritavam “quedate em casa” (fique em casa).

O movimento nos principais bairros da capital e no centro da cidade durou por mais de 20 minutos. Algumas pessoas também cantaram o hino nacional e gritaram frases de apoio aos médicos e às autoridades sanitárias.

Durante o dia, houve denúncias de mais de 400 pessoas que romperam a quarentena. A maioria foi levada até sua casa ou para delegacias para responder por crimes contra a saúde pública.

Por conta disso, o governo estuda anunciar mais medidas restritivas a partir desta segunda (23). Para sair da cidade de carro, é preciso uma permissão especial obtida junto à polícia, provando que a pessoa tem um trabalho ou um parente fora da capital.

O governo tenta barrar a ida dos portenhos ao litoral. Nas principais praias perto de Buenos Aires, havia vigilância, expulsando quem se aproximasse.

Hospitais de emergência

O presidente argentino, Alberto Fernández, disse que após ver o que ocorreu em outros continentes, decidiu tomar a medida drástica para proteger os próprios argentinos. Para ele, o coronavírus é um “inimigo invisível” e a “prevenção” a melhor saída neste momento.

Somente supermercados, farmácias e instalações de saúde estarão abertos. Além das ruas, as estradas também serão controladas para que a circulação das pessoas — e do vírus — diminua.

Ele reconheceu que o país vive uma grave crise, mas enfatizou que a prioridade agora é a saúde pública diante do coronavírus.

As declarações do presidente argentino, que contou com apoio da oposição e de infectologistas, ocorreram após uma série de ações anunciadas por outros integrantes do governo, como a construção de oito hospitais de emergência, a recuperação de outros dois que estavam abandonados, a divulgação de cartazes nas ruas para que os argentinos fiquem em casa e a suspensão de voos domésticos e ônibus intermunicipais.

Fernández já havia decretado, no último fim de semana, o fechamento das fronteiras, que está em vigor, e a medida foi seguida internamente por pelo menos seis das 24 Províncias do país.

Economia

A paralisação das atividades no país gera dúvidas sobre seus efeitos na já combalida economia argentina.

Em entrevista na quarta-feira, Fernández disse que estava analisando uma “medida extrema” para que todos ficassem em suas casas e que buscava o momento para implementar a decisão.

“Se conseguirmos que as pessoas fiquem uma semana inteira em suas casas, o vírus não circulará, mas isso tem consequências econômicas”, disse Fernández.

A inflação argentina foi de 53,8% em 2019 e vinha mostrando leve desaceleração nos primeiros meses deste ano, como observaram ministros da área econômica.

Segundo estimativas, a economia argentina registrou retração entre 2,1% e 2,2% em 2019. O governo esperava uma melhora em 2020, mas a volatilidade com os efeitos econômicos do coronavírus — que incluem nova disparada do dólar e desvalorização do já enfraquecido peso, a alta do chamado risco-país, termômetro que mede se um país pode pagar suas dívidas — está levando autoridades locais à cautela.

“Existe incerteza e não só aqui na Argentina, mas no mundo, não podemos prever qual será o desempenho (da economia) neste ano”, disse o ministro de Desenvolvimento Produtivo, Matías Kulfas, à imprensa local.

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