Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2016
Uma equipe da Força Nacional foi atacada a tiros nesta quarta-feira (10) no Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, ao entrar por engano na Vila do João. De acordo com as primeiras informações, um militar, baleado na cabeça, morreu e outro ficou ferido.
(ATUALIZAÇÃO: a Força Nacional chegou a informar à Polícia Civil que um dos militares havia morrido, mas voltou atrás. Agora diz que o estado dele é gravíssimo. O soldado atingido é Hélio Andrade, 37 anos, de Roraima. Ele está no Rio desde 2015. Foi atingido com um tiro de fuzil na testa e perdeu muita massa encefálica. Como houve a notificação de morte feita pela Força Nacional, policiais da divisão de homicídios foram ao local dos tiros e estavam lá até a última atualização desta reportagem.)
Os três militares vítimas do ataque foram identificados como capitão Alen Marcos Rodrigues Ferreira, que atua em Cruzeiro do Sul, no Acre; o soldado Hélio Andrade, que é de Roraima; e o soldado Rafael Pereira, do Piauí.
O soldado Hélio, de Roraima, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital Salgado Filho, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência. Já o capitão Alen foi atingido de raspão no rosto.
Em áudio, o terceiro militar envolvido no ataque contou que foi socorrido por um taxista. “Um táxi está me dando um apoio, está me levando para o hospital”, contou.
Ainda segundo o militar, homens do Exército foram ao socorro da equipe. “Eu fui atingido, o capitão Alen foi atingido, o motorista foi atingido. Tem um outro combatente também, ele tá atingido, ele ficou fora da viatura. A equipe do Exército está lá perto”, diz ele.
A Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Segurança disseram que não vão se pronunciar sobre o ocorrido. O Ministério da Justiça e Cidadania, ao qual a Força Nacional está subordinada, ainda não se manifestou sobre o ataque.
A Força Nacional foi designada pelo Ministério da Justiça e Cidadania para cuidar da segurança de todas as instalações de competições da Olimpíada e Paralimpíada do Rio. Ela é formada por policiais militares, civis, bombeiros e peritos.
Todos os agentes da Força Nacional passaram por vários cursos de capacitação e outros treinamentos. Eles são dos 26 estados e também do Distrito Federal. A formação começou há mais de um ano, em Brasília e a maior parte do contingente é formada por PMs.
Família do militar a caminho do Rio
O comandante-geral da PM em Roraima, coronel Dagoberto Gonçalves contou à reportagem que o soldado Hélio Andrade mora no Rio desde o ano passado.
A corporação comunicou à família dele o ocorrido. Os parentes se prontificaram a seguir para a capital fluminense.
“Já comunicamos a família do militar aqui no estado e alguém deve ir ao Rio de Janeiro para acompanhar o estado de saúde dele”, disse Gonçalves, acrescentando que a Polícia Militar de Roraima está acompanhando toda a situação.
Mulher de capitão se diz abalada
O capitão Alen Marcos Rodrigues Ferreira é um dos 180 policiais militares do Acre que foram enviados ao Rio de Janeiro para integrar a Força Nacional durante a Olimpíada. Ele é lotado oficialmente em Cruzeiro do Sul.
Embora tenha recebido informações de que, mesmo ferido, Ferreira está bem, a mulher dele, Lucélia Rocha, de 25 anos, disse que está abalada com o ocorrido.
“A única informação que tenho é que ele está bem. Só sei disso. Ainda não consegui falar com ele”, disse Lucélia. (AG)