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Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2017
Um carro avançou sobre dois pontos de ônibus, deixando uma pessoa morta e uma ferida, na manhã desta segunda-feira (21), em Marselha, cidade portuária do Sul da França. O motorista, de 35 anos, foi preso.
O suspeito é conhecido da polícia por pequenos crimes e tem problemas psicológicos, segundo a agência Reuters. De acordo com o jornal francês Le Parisien, por volta das 8h (horário local), o condutor de um Renault avançou sobre um ponto de ônibus no bairro de la Croix-Rouge, deixando uma mulher gravemente ferida. Pouco depois, às 9h15min, ele atropelou e matou outra vítima em outra parada.
O jornal afirma que não há dúvidas de que o motorista agiu de propósito, mas ainda não se sabe quais seriam suas motivações. O suspeito não seria de Marselha. O incidente acontece enquanto a polícia espanhola faz buscas pelo marroquino Younes Abouyaaqoub, principal suspeito de atropelar uma multidão com uma van e matar 13 pessoas em Barcelona na quinta-feira (17).
O uso de veículos como arma de terror tem se tornado recorrente na Europa. O método foi usado pelo grupo extremista EI (Estado Islâmico) em ataques em Nice, Berlim e Londres. A França, um dos países europeus mais afetados pelo terrorismo, se encontra em estado de emergência desde os atentados de 2015.
Veículos
O atentado de quinta-feira em Barcelona entra em uma extensa lista de atentados recentes na Europa em que veículos foram usados como armas. Em 2016, os ataques mais mortíferos ocorreram com caminhões em Nice (14 de julho, com 86 mortos e 434 feridos) e Berlim (19 de dezembro, 12 mortos e 56 feridos).
Neste ano, Londres foi alvo de três ações semelhantes, mas com automóveis. Em 19 de junho, uma pessoa morreu e dez ficaram feridas quando um extremista de direita avançou com uma van contra pedestres perto da saída de uma mesquita.
No mesmo mês, no dia 3, terroristas usaram uma van para atropelar pedestres na ponte de Londres e atacaram pessoas a facadas em um mercado próximo. O ataque foi reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico.
Em 23 de março, um motorista matou duas pessoas e feriu outras 40 em um atropelamento na ponte de Westminster. Depois, saiu do carro e esfaqueou um policial num dos portões do Parlamento britânico – o agente também morreu. A ação também foi reivindicada pelo EI.
A capital da Suécia, Estocolmo, também foi alvo de um ataque com veículo em 2017. Em 7 de abril, um motorista avançou com um caminhão sobre pedestres e deixou cinco mortos.
Na edição de novembro de 2016 da revista Rumiyah, publicada pelo EI, um texto sugeria a utilização de veículos como arma contra os “infiéis”, por ser uma forma simples e barata de praticar um ataque. (Folhapress)