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Mundo Muitos destinos turísticos querem receber menos visitantes

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Estação central de Amsterdã. (Foto: Reprodução/Twitter/Amsterdam‏)

Enquanto as autoridades de numerosas cidades do mundo investem bilhões para atrair turistas, algumas localidades estão enfrentando um problema no sentido oposto – recebem turistas demais.

Veneza, Amsterdã, Barcelona, ou até o Butão, pequeno país asiático, entre outros destinos, decidiram limitar – ou até proibir – o ingresso de turistas em determinados locais, após sofrer com as consequências negativas do turismo de massa: caos urbano, deterioração dos recursos naturais, especulação imobiliária desenfreada, surgimento de centenas de restaurantes de fast food e lojas de souvenirs, além de protestos dos habitantes insatisfeitos.

Com a chegada do verão no Hemisfério Norte, e com ele o recomeço da temporada de turismo de massa, a mídia internacional voltou a denunciar a situação dessas localidades turísticas, onde o número de visitantes supera o limite suportável para quem vive ali.

Veja a seguir alguns destinos onde os turistas nem sempre encontrarão uma recepção calorosa:

Veneza, Itália

Antiga potência marítima e mercantil, hoje Veneza corre o risco de ser dominada pelas hordas de turistas. A romântica cidade italiana está enfrentando um gigantesco afluxo de turistas: mais de 20 milhões por ano.

Uma massa de gente que está deixando a cidade inabitável para os venezianos, que não por acaso estão abandonando suas casas, transformadas em pousadas e anunciadas no site de locações AirBnb. Em 1951, Veneza tinha 175 mil habitantes, hoje são apenas 50 mil.

Os que ficaram estão insatisfeitos com o proliferar de lojas de fast food e bugigangas, que substituíram supermercados e até cinemas. Hoje Veneza não tem nenhuma sala de cinema funcionado.

Butão

O turismo no Butão só começou em 1974, e já na época as autoridades locais decidiram regulá-lo de forma muito rígida para preservar a paisagem intocada do país e sua cultura única. O reino do Himalaia escolheu uma política turística definida como “de alto valor e baixo impacto”. Isso significa que o número de turistas é limitado e que os visitantes têm que pagar cerca de 780 reais por dia por vistos e taxas para poder admirar as belezas do Butão.

Barcelona, Espanha

Quando Ada Colau, primeira prefeita mulher de Barcelona, assumiu o cargo em 2015, não moderou as palavras sobre o turismo em sua cidade. “Não queremos que a cidade se torne uma loja de souvenir baratos”, afirmou Colau na época, indicando Veneza como exemplo negativo.

Desde então, ela congelou licenças para a construção de novos hotéis e apartamentos de férias, e declarou guerra aos sites de aluguel de curto prazo, como AirBnb, que sofreu uma multa de 30 mil euros (cerca de 110 mil reais).

Ela também propôs a introdução de um novo imposto turístico e a limitação do número de visitantes, além de apresentar na Câmara Municipal um plano que proíbe a construção de novos hotéis nos bairros que recebem a maior quantidade de turistas.

Amsterdã, Holanda

O chefe do Departamento de Marketing da cidade de Amsterdã, Frans van der Avert, já deixou claro que a capital holandesa está acolhendo turistas demais. “As cidades estão morrendo de turismo. Ninguém mais vai querer morar nos centros históricos. Muitas cidades históricas menores na Europa estão sendo destruídas pelos visitantes.”

Ao falar no Fórum Mundial de Turismo em Lucerna, van der Avert acrescentou: “Não gastaremos mais um centavo em marketing para promover Amsterdã. Não queremos ter mais pessoas. Queremos aumentar a qualidade dos visitantes. Queremos pessoas que estejam interessadas na cidade, e não que a transformem em um cenário de festa. Temos muitos visitantes que não respeitam o caráter da cidade. As companhias aéreas de baixo custo criaram um problema. Os passageiros da Ryanair são os piores”.

Termas japonesas, Japão

Muitos turistas viajam ao Japão com o objetivo de experimentar as famosas termas naturais (“onsen”, em japonês) e as casas de banho comunitárias (“sento”, em japonês). A maioria desses visitantes tem acesso livre. Entretanto, o crescente fluxo de turistas levou as autoridades locais a limitar o acesso, especialmente para os visitantes tatuados.

Uma pesquisa divulgada em 2015 pela Agência de Turismo do Japão mostrou que mais da metade de todos os onsen proibiu recentemente o ingresso de visitantes tatuados, ou exigiu que eles cobrissem o desenho em sua pele. As tatuagens ainda são um tabu no Japão, muito ligadas na cultura popular com os mafiosos da Yakuza.

Santorini, Grécia

Em 2016 a popular ilha grega de Santorini começou a limitar o número de visitantes. A ilha, famosa por suas paisagens deslumbrantes e românticas, chegou a receber mais de 10 mil turistas por dia. Uma massa humana que desembarcava simultaneamente de gigantescos navios de cruzeiros. Hoje apenas 8 mil pessoas podem visitar a ilha por dia. (AG)

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https://www.osul.com.br/muitos-destinos-turisticos-querem-receber-menos-visitantes/ Muitos destinos turísticos querem receber menos visitantes 2017-08-05
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