Brasil Mulher de Michel Temer se cercou da família e não vai mais à manicure, à academia ou ao cabeleireiro
Por Redação O Sul | 3 de maio de 2016
“Marcela é discreta, inteligente e companheira”, destacou o vice-presidente Michel Temer, em 2011, referindo-se à mulher com quem se casou em 2003, Marcela Tedeschi. “Marcela é discreta e muito feliz”, afirmou seu pai, Carlos Araújo, em 2012. “Marcela é discreta. Não fala de assuntos de casa quando saímos”, já disse uma das suas melhores amigas. A discrição e o recato tanto atribuídos a Marcela Tedeschi Temer, 32 anos, vêm se intensificando. Desde que a crise política chegou a uma fase aguda e desembocou no processo de impeachment, a vice-primeira-dama da República mal sai de casa. A reportagem acompanhou por dias a rotina da residência dos Temer, em uma praça de um bairro nobre em São Paulo.
Com exceção dos cerca de 40 manifestantes do Levante Popular da Juventude, que fizeram um ato em frente à residência, o movimento da casa é raro. Nenhuma janela voltada para a rua se abriu em cinco dias. Enquanto Michel Temer, 75, ia e vinha de Brasília, Marcela estava lá dentro. Quando Temer recebe caciques de partidos para discutir um eventual governo, ela recepciona as visitas, fica o tempo de tomar um café e se retira, narra um assessor parlamentar.
A maior parte do seu tempo é dedicada a cuidar do filho dos dois. Bacharel pela Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo, em 2010, ela declarou, após a formatura, que sua prioridade era fazer o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Ficou só na intenção. A maternidade a fez mudar de ideia, segundo amigos. A mãe tem ajuda de uma babá, uma cozinheira e duas empregadas para tomar conta do menino, além do suporte da família. A irmã mais nova, Fernanda Tedeschi, 30, se mudou com a mãe, Norma (não diz a idade), para uma casa vizinha à dos Temer. Um imóvel de 377 metros quadrados na mesma rua, com cinco quartos (três deles suítes), custa 4,2 milhões de reais. O aluguel de outro, com quatro quartos, sai a 22 mil reais ao mês.
Nos primeiros meses, as três saíam juntas com frequência. Não mais. O salão de manicure aonde Marcela chegou a ir semanalmente, no subsolo de um shopping, não vê a vice-primeira-dama há seis meses. Profissionais de uma clínica dermatológica de São Paulo afirmam que suas visitas bimestrais se tornaram esporádicas e erráticas. Do salão do famoso Marco Antonio de Biaggi ela sumiu de vez, gerando rumores de que tenha contratado uma nova equipe para atendê-la em casa.
As saídas de Marcela foram minguando conforme crescia a escolta em frente à sua casa. De três a cinco seguranças, que se apresentam como sendo do Gabinete de Segurança Institucional, órgão da Presidência da República, se revezam na praça da residência. A escolta tinha dois em 2015. Apenas em viagens, como quando foi para Nova York (EUA), em agosto último, ou a ida a Miami (também nos EUA) no Dia das Crianças de 2015, ela se permite fazer atividades rotineiras. Vai ao supermercado e à farmácia – um dos seus programas prediletos quando está nos EUA, apontam as amigas.
A união com Temer.
Antes de conhecer Temer, Marcela jamais havia viajado para o exterior. O casal se conheceu em 2002 em um evento do PMDB em Paulínia, cidade onde ela cresceu. Apresentada ao então deputado federal pelo tio, mandou seu número de telefone por e-mail para o gabinete de Temer.
A missiva foi impressa e enviada por fax ao político, mais desenvolto com correspondência em papel. Casaram-se em 2003. Após chamar a atenção por sua elegância na posse de Dilma em 2011 e experimentar a vida no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice, ela optou por morar em São Paulo.
A reportagem tocou a campainha da casa da vice-primeira-família e também pediu entrevista para a Vice-Presidência. Em nenhuma das tentativas obteve resposta. (Folhapress)
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